Saulo Prado
Angelina passou pela porta, me deixando na boca com o gosto dela, o seu cheiro pelo o quarto, a sua cama amassada. Os lençois brancos com sinais do que houve ali. Tentei amenizar os amassos, esticando os lençois na cama devagar.
Meu corpo estava leve, e faminto pelo o dela.
Ouvi a conversa, os meninos terão aula de inglês a tarde, ela irá leva-los.
A empregada fica até as sete.
Esperei, alguns minutos estranhando a ausência daquela mulher pela casa, temia sair e ser visto. Afinal por mais que tenha sido uma traição do caralho de Ribeiro, eu não queria ser seu inimigo.
Fiquei escondido, o coração disparado, tentando ignorar o cheiro dela ainda grudado em mim. Encostei a porta devagar e, quando achei que estava livre, vi Carla cruzar o corredor com uma bandeja na mão. Travei.
Esperei, respirando raso, até ela sumir para o ultimo quarto, sai devagar olhando em volta, dava para ver, ela catando os brinquedos numa salinha. Então corri, corri como um condenado, cada passo ec