Fim.
Saulo Prado
Dois anos se passou e, tudo mudou ou talvez tenha sido eu quem mudou por dentro.
Me senti mais completo, a inquietude se acalmou, desde o dia em que decidi levar Angelina ao altar, tornando-a também perante a lei a minha mulher, e mãe dos meus filhos, no dia depois Samily nasceu, a nossa menina.
A casa ficou barulhenta, mais viva, mais cheia de risadas pequenas e passos apressados pelos corredores. Desde que Samily nasceu, o tempo parece ter criado outro ritmo, um ritmo nosso. Ela chegou num amanhecer chuvoso, com o mesmo olhar curioso da mãe e o sorriso sapeca que, dizem, puxou de mim. Um pedacinho de vida que completou o trio que eu sempre sonhei sem saber. Adson, Atlas e Samily.
Às vezes fico parado na porta do quarto, observando as quatros dormindo, e sim, eu me sinto completo. A minha Angel, com o cabelo bagunçado, uma mecha loira cobrindo o rosto, e a pequena Samily aninhada no corpo dela. Atlas e Adson que algumas vezes pedem para dormir conosco
É nessas horas que