Mundo ficciónIniciar sesiónAge Gap + Gravidez inesperada + Amor proibido + Segredo + Mentira "Eu nunca acreditei em finais felizes até conhecer Gabriel. Ele apareceu na minha vida como uma tempestade inesperada — intenso, caloroso e impossível de ignorar. Entre beijos roubados, promessas sussurradas e noites em que ele me fazia esquecer de tudo, eu comecei a acreditar que o amor verdadeiro existia. Mas Gabriel guarda um segredo. Um segredo que, quando descobri, destruiu o chão sob meus pés. Agora estamos em mundos diferentes, mas o destino é cruelmente irônico: carrego dentro de mim uma parte dele, uma vida que nasceu do nosso amor. Será que Gabriel e eu teremos uma segunda chance? Ou esse amor estava destinado a ser apenas uma lembrança?" 18 +
Leer másO céu daquela manhã estava limpo.O tipo de céu que parece combinar com começos.Theo dormia no bebê-conforto atrás, enquanto Anna falava no celular com Marina.Fingi que estava apenas indo visitar um amigo.Ela não desconfiava de nada.Nem mesmo quando pegamos a estrada.Mas meu coração…O coração batia como se fosse a primeira vez.Ao chegarmos no terreno, pedi que ela descesse de olhos fechados.Ela riu, desconfiada.— Isso é outra pegadinha sua?— Confia em mim.Guiá-la pela mão até a entrada da casa — ou melhor, do que um dia será a casa — foi como caminhar entre tudo o que vivemos.Os primeiros olhares.O reencontro.As brigas.A reconciliação.Theo.Tudo aquilo estava ali, entre os degraus inacabados e as paredes ainda cruas.— Pode abrir os olhos agora.Anna ficou em silêncio.Olhou ao redor.Depois pra mim.— O que é isso, Gabriel?— Nosso lar.— Eu comecei isso sem te contar. Porque queria te dar algo que fosse só nosso.— Sem a pressão da cidade. Sem barulhos. Sem correrias
Os dias têm passado como uma sequência de respiros curtos.Acordo, vejo Theo sorrir, abraço Gabriel, corro para o notebook, retorno ao colo do meu filho, e depois, ao abraço do homem que me reconstruiu.E, mesmo no meio do caos, há paz.Uma paz que vem de saber que estou onde deveria estar.Mas nos últimos dias, um sentimento novo tem me visitado…Vontade de celebrar.De marcar no tempo essa nova fase.De dizer ao mundo — ou talvez só a nós mesmos — que pertencemos um ao outro.Recebi um envelope cor-de-rosa claro, com letras douradas.Era um convite de casamento.E não de qualquer pessoa.Era da Lúcia, uma amiga de infância que não via há anos, mas que acompanhava minha vida pelas redes sociais.“Anna, espero que você possa vir.Vai ser um casamento pequeno, íntimo, ao ar livre.Porque o amor, quando é leve, não precisa de paredes.”Lembrei da gente quando éramos adolescentes.Ela dizia que nunca se casaria — e agora, lá estava.Plena. Assumindo um amor novo.Fiquei ali, com o convit
Com Anna assumindo o novo cargo, a rotina em casa mudou.Não drasticamente — mas de forma significativa.Agora era eu quem levava Theo para os exames.Quem organizava os horários da babá.Quem fazia o mercado e planejava os jantares simples.E tudo isso… me fazia feliz.Porque, mais do que nunca, sentia que estava exatamente onde devia estar.E mais do que isso: que estava pronto para dar a Anna e Theo algo que nenhum de nós teve até agora.Raízes.Enquanto embalava Theo uma tarde, deitado na rede da varanda com ele sobre o peito, tive uma ideia.— Você merece uma casa com jardim, sabia?Ele, claro, não respondeu.Mas seu sono tranquilo foi o que bastou pra mim.Naquela mesma noite, abri o laptop e comecei a pesquisar terrenos.Não mansões.Não coberturas frias.Uma casa.A nossa casa.No dia seguinte, liguei para minha irmã.— Preciso da sua ajuda.— Pra cuidar do Theo?— Não. Pra encontrar o lar perfeito.Ela ficou em silêncio por alguns segundos.— Você tá falando sério?— Totalmen
A volta do fim de semana parecia um portal.De um lado, o paraíso com Gabriel: dias sem pressa, amor sem culpa, toques sem interrupções.Do outro, a realidade: e-mails acumulados, fraldas, mamadas e reuniões.Mas por alguma razão, eu não me sentia sufocada.Não dessa vez.Eu me sentia capaz.Talvez pela primeira vez desde que Theo nasceu.Dois dias depois da volta, recebi um e-mail inesperado de Cláudio, com cópia para o RH da empresa.Título: Proposta interna — confidencial.Cliquei com desconfiança.E fui pega de surpresa.“Anna, sua atuação no projeto piloto impressionou não só a mim, mas também o comitê de inovação.Gostaríamos de oferecer a você o cargo de Diretora de Estratégia Digital.Envolve viagens trimestrais para São Paulo, presença em reuniões internacionais e, sim, mais carga horária.Mas também, mais espaço.Mais liderança.Mais voz.”Meu coração disparou.Diretora.Pouco mais de três meses depois de voltar ao mercado.Mas com viagens.Com pressão.Com horas longe do Th
Fazia tempo que eu não via Anna tão inteira.Ainda cansada, claro. Ainda com noites mal dormidas, olheiras e aquela correria materna que engole os dias.Mas havia um brilho novo nos olhos.Ela voltara a trabalhar — pouco, mas o suficiente para se sentir viva em outro espaço além do colo de Theo.E mesmo com todo o desgaste, eu a via sorrindo mais.E foi então que percebi:nós estávamos prontos.Prontos para dar o próximo passo.Mas antes de qualquer anel ou pedido, eu queria dar a ela algo ainda mais raro:tempo.Esperei ela terminar uma reunião e a convidei para jantar.Em casa mesmo, nada de extravagância.Mas com mesa posta, vinho, música ambiente e Theo alimentado e dormindo.Quando ela apareceu na sala, de moletom e cabelo solto, parou ao ver tudo preparado.— Isso tudo é pra mim?— Claro.Ela riu, emocionada.— O que você quer, Gabriel?— Nada. Só sua companhia.— Isso é um jantar romântico disfarçado de emboscada?— Talvez.Sentamos.Comemos.Conversamos.E quando o prato de so
A vida voltou a ganhar um ritmo.Ainda bagunçado, ainda novo, mas com pequenos respiros de equilíbrio.Theo começava a dormir por mais tempo à noite.Gabriel estava mais presente do que eu podia imaginar.E eu… começava a me reconhecer no espelho novamente.Mas foi exatamente nesse momento de início de calmaria que o passado resolveu bater à porta.De terno caro e sorriso ensaiado.Eu estava saindo de uma rápida consulta com o pediatra quando vi o carro parado na porta do consultório.Reconheci de longe: preto, elegante, discreto.E então ele desceu.Cláudio.Ex-chefe.Ex-pessoa importante na minha carreira antes de eu aceitar o emprego com Gabriel.Não houve abraços.Apenas um sorriso civilizado.— Anna Oliveira. A mulher que sumiu e agora reaparece nas capas de revista como a nova “mamãe do magnata”.Revirei os olhos.— Sempre tão direto, Cláudio.— Sempre tão brilhante, Anna.— Você faz falta.Fomos tomar um café rápido, já que Theo havia dormido no bebê-conforto.— Fiquei sabendo
Último capítulo