A noite estava silenciosa, porém minha mente, não. Trancado no quarto de hotel, que era espaçoso, luxuoso mas, ainda assim, sufocante. Eu gostaria de estar dormindo, pois tinha uma reunião de manhã no dia seguinte. Mas no momento, o que eu fazia era caminhar de um lado para o outro, com um copo de whisky na mão e Anna invadindo meus pensamentos.
É claro que eu não deveria estar pensando nela desse jeito e muito menos com essa frequência.
Ela é minha assistente. É jovem, determinada, com um futuro brilhante pela frente e merece alguém que não tenha o tipo de problema que eu carrego.
Mas, quando ela me olhou hoje, naquela sala de reuniões, com os olhos brilhando de confiança, percebi que estava quebrando regras que eu mesmo havia imposto para minha vida. Droga!
Sentei-me na poltrona eu ficava ao lado da janela e olhei para as luzes da cidade. Belo Horizonte cintilava lá fora, mas tudo que eu via era o reflexo dela.
*****
Nun