Com Anna assumindo o novo cargo, a rotina em casa mudou.
Não drasticamente — mas de forma significativa.
Agora era eu quem levava Theo para os exames.
Quem organizava os horários da babá.
Quem fazia o mercado e planejava os jantares simples.
E tudo isso… me fazia feliz.
Porque, mais do que nunca, sentia que estava exatamente onde devia estar.
E mais do que isso: que estava pronto para dar a Anna e Theo algo que nenhum de nós teve até agora.
Raízes.
Enquanto embalava Theo uma tarde, deitado na rede da varanda com ele sobre o peito, tive uma ideia.
— Você merece uma casa com jardim, sabia?
Ele, claro, não respondeu.
Mas seu sono tranquilo foi o que bastou pra mim.
Naquela mesma noite, abri o laptop e comecei a pesquisar terrenos.
Não mansões.
Não coberturas frias.
Uma casa.
A nossa casa.
No dia seguinte, liguei para minha irmã.
— Preciso da sua ajuda.
— Pra cuidar do Theo?
— Não. Pra encontrar o lar perfeito.
Ela ficou em silêncio por alguns segundos.
— Você tá falando sério?
— Totalmen