O silêncio da rua contrastava com o turbilhão que se formava dentro do carro. O vidro começava a embaçar, e Helena, ainda com o rosto corado e o olhar perdido entre coragem e vulnerabilidade, não desviava os olhos de Adriano.
— Eu quero você agora — disse, a voz carregada de urgência.
Adriano sentiu o coração disparar. Era o limite que por semanas ele tentara manter intacto, mas a confissão dela, crua e direta, desmontava qualquer defesa.
O beijo que se seguiu não foi mais contido: foi selvagem e faminto, como se ambos estivessem recuperando o tempo perdido. Helena puxava-o pela camisa, arrastando-o para si, enquanto suas mãos deslizavam pelo corpo dele com uma fome que ela mesma não sabia que tinha.
Adriano retribuiu com intensidade, acariciando-lhe a cintura, os quadris, explorando cada curva como quem decora um mapa secreto. O corpo dela tremia, não só pelo desejo, mas pela avalanche de sentimentos que a dominava: medo, alívio, prazer, coragem.
— Faz tanto tempo… — ela murmuro