Narrado por Violeta Hernández
O carro seguiu em silêncio pelas ruas ainda adormecidas da cidade.
Eu olhava pela janela, mas não enxergava nada.
Minha mente ainda estava na varanda da mansão. No corpo quente de Apolo. Nas palavras que ele sussurrou antes de me deixar.
"Vai com ela. Fica com ela. Eu vou estar lá."
Mas por mais que eu repetisse isso na cabeça, uma parte minha ainda não acreditava.
Era cedo. Era surreal. Era... demais.
Por que um homem como ele, rodeado de luxúria, dinheiro e poder, teria qualquer razão pra se importar com uma mulher como eu?
A dúvida me corroía.
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Quando chegamos à recepção do hospital, uma enfermeira veio ao nosso encontro como se já soubesse quem éramos.
— Senhora Hernández? Já está tudo preparado. Vamos levá-la para o pré-operatório.
— Posso ir junto? — perguntei.
— Até