Narrado por Violeta Hernández
O cheiro dele ainda estava em mim.
Na pele, no cabelo, entre as pernas.
No travesseiro. Na minha boca.
Na lembrança quente da noite passada.
Quando abri os olhos, por um segundo, achei que fosse sonho.
Mas o peso da camisa dele sobre meu corpo, o toque ainda recente entre as minhas coxas e o espaço ao lado da cama… vazio… me lembraram que foi real. Tudo real. Intenso. Quente. E meu.
Sentei na beira da cama com o lençol preso ao peito. O corpo ainda doía de prazer. As pernas ainda tremiam de leve. E o coração… estava disparado por um motivo que não tinha absolutamente nada a ver com sexo.
Respirei fundo.
Fui até a varanda com uma xícara de café que encontrei já pronta na mesinha lateral. Ainda quente. Feito por ele.
A brisa da manhã bateu no meu rosto