Ponto de Vista de Andreas
Eu sempre achei que já tinha visto de tudo. Guerras entre reinos, traições de conselheiros, batalhas sangrentas, nascimentos, mortes… Mas nada me preparou para o que senti quando minha filha entrou na sala de reunião com a aura da deusa queimando em volta dela como um sol. Não foi só Annabelle que ficou aterrorizada. Eu também fiquei. Só que diferente dela… eu não podia me deixar cair.
Sou rei.
Sou pai.
Sou companheiro.
E naquele dia, eu tive que escolher qual desses papéis precisava da minha força primeiro.
Annabelle desabou, tremendo, chorando, seu instinto materno quebrado ao ver a filha consumida por Selene outra vez. Enquanto todos no conselho se ajoelhavam, enquanto os alfas tremiam e os vampiros não ousavam respirar, eu só conseguia olhar para o rosto da minha menina — o rosto dela — escondido atrás do brilho da divindade.
Medo.
Medo puro.
Medo de perder quem eu amo.
Mas eu não podia demonstrar.
Então, fiz o que um rei faz: ergui Annabelle e a leve