Ponto de Vista de Annabelle
O jardim do refúgio sempre foi um dos meus lugares favoritos. Mesmo antes de me tornar rainha, eu costumava caminhar entre as flores como uma fugitiva em busca de paz. Hoje, porém, pela primeira vez em muito tempo, eu não estava fugindo de nada. Estava apenas… vivendo.
A brisa da manhã trazia o cheiro das flores silvestres, do orvalho recém-caído e da magia que sempre se espalhava por este lugar. O sol dourado tocava as pétalas com delicadeza, iluminando os caminhos de pedra, os arcos cobertos de trepadeiras e os bancos antigos onde tantas histórias já foram contadas.
E foi ali, observando minha família reunida, que percebi como meu coração estava cheio.
Bernardo caminhava pelo gramado com Ema, que ainda parecia perdida entre fascínio e irritação — mas o olhar que lançava para meu filho dizia tudo. Ele segurava a mão dela com cuidado, como se segurasse algo raro, precioso. E de certa forma… era isso mesmo. Minha nora.
Alice estava agarrada ao braço de Benja