Nas garras do lobo mau
Nas garras do lobo mau
Por: Leide
Uma Deusa furiosa

Andreas Lykaios

Os gemidos da loba ecoavam pelo quarto, misturados a súplicas.

Não me importava.

Aquela loba fraca só servia para uma coisa: receber meu pau.

Com esse pensamento, a penetrei com força, enchendo sua vagina com meu esperma.

Como ela não era minha companheira, não havia risco de engravidar.

Caminhei até o banheiro. Antes de fechar a porta, lancei meu desprezo:

— Quero você fora do meu quarto. Já fez o seu trabalho, me fez gozar. Agora, cai fora — falei com meu tom de alfa, forte o suficiente para fazer qualquer loba na face da Terra me obedecer.

A jovem se levantou às pressas, chorando, com sangue escorrendo por entre as pernas, e saiu do meu quarto.

Eu adorava foder essas lobas jovens — eram minhas preferidas.

Meu beta sempre mandava algumas para o meu quarto, para "o lobo mau comer".

Com esse pensamento, entrei no chuveiro para tirar o cheiro da puta gostosa.

Logo minha namorada chegaria e eu não queria que ela sentisse o cheiro de uma qualquer.


Tamires chegou para o jantar quase às nove horas.

Seus pais — o alfa e a Luna da alcateia do Sul — vieram com ela. Não gostava muito deles. Eram pegajosos e bajuladores o tempo todo.

Tamires era uma fêmea alfa bonita, com um corpo escultural do jeito que eu gostava.

Eu a fodi no dia em que nos conhecemos. Mesmo sendo jovem, seus pais não se opuseram — pelo contrário: colocaram a filha para dormir nos meus aposentos quando visitei a alcateia deles.

Parece que deu certo. Depois disso, firmamos um noivado.

Daqui a uma semana, vamos acasalar e eu vou marcá-la. Torná-la minha.

Saí dos pensamentos quando meu beta entrou apressado na sala.

— Temos um problema, Majestade — disse, curvando-se diante de mim.

— Deve ser algo grave para não usar o elo mental e vir me contar pessoalmente — respondi, irritado.

— O Delta Marcos encontrou sua companheira... ela é humana — disse ele, aflito.

Todos ao redor silenciaram, atentos à conversa. Falei com tranquilidade:

— É só ele rejeitá-la e tudo ficará bem. Não é culpa dele ter uma companheira lixo. A culpa é da Deusa da Lua, que acha que pode nos controlar.

Voltei minha atenção aos convidados.

Mas meu beta permaneceu imóvel.

— Ele... não vai rejeitá-la — murmurou.

— Como assim ele não vai rejeitá-la? — perguntei, estreitando os olhos.

— Ele sabe qual é a pena, meu rei. Mesmo assim, está disposto a aceitar — disse, com pesar.

— Prendam ele. Levem-no ao centro da alcateia junto com a humana.

Teremos uma execução hoje — declarei, deixando a sala de jantar irritado.

Minha noiva Tamires me seguiu, enquanto meu beta saiu para cumprir minhas ordens.


Cheguei ao centro da alcateia com Tamires e seus pais.

Lá estavam meu Delta Marcos, amarrado no centro da arena de punição, e sua humana ao lado dele, chorando desesperada.

O lugar havia sido feito para execuções e punições severas — não apenas de nossa alcateia, mas reconhecido por todo o mundo sobrenatural.

Humanos não podiam saber da nossa existência.

Os que descobriam, morriam.

Lobos descuidados também eram mortos.

Não me tornei rei sendo bonzinho.

Na nossa sociedade, não havia espaço para lobos fracos.

E muito menos para fêmeas que controlassem alguma coisa.

As fêmeas existiam para ser submissas aos machos.

E se havia algo que eu odiava mais do que fraqueza, eram humanos.

Especialmente fêmeas humanas.

Por culpa de uma, eu perdi meus pais, minha família.

Sempre que vejo um humano, tudo o que desejo é matá-lo.

Nunca aceitaria um vivendo sob meu teto — ou sob qualquer outro.

Me aproximei dos prisioneiros. Os membros da alcateia gritavam, sedentos por sangue.

Encarei os dois com desprezo e disse:

— Última chance de se arrepender. Rejeite essa humana e mate-a. Seus crimes serão perdoados.

A humana me olhou com os olhos arregalados, cheios de medo.

Isso me satisfez.

— Caso não faça isso, sua morte será lenta e dolorosa — completei, incitando a multidão a gritar com euforia.

— Me desculpe, meu rei… mas não posso rejeitar minha companheira. Aceito minha punição — disse Marcos com coragem.

A multidão xingou, vaiou, mas ele manteve a cabeça erguida.

— Como desejar — declarei.

— Eu, Andreas Lykaios, rei dos lobos, declaro você culpado por acasalar com uma humana e não se arrepender.

Será desmembrado em praça pública, diante da sua alcateia.

Sua irmã será rebaixada ao posto de ômega.

Assim que pronunciei as palavras, um vento frio atingiu meu corpo. Raios cortaram o céu, fazendo toda a alcateia tremer.

Meu lobo, Lupe, falou em minha mente:

Pare, Andreas! Você deixou a Deusa da Lua irritada!

Ele falava com medo. Isso me fez rir.

— Lobo pulguento... achei que você fosse a criatura mais temida do mundo — zombei.

Não seja idiota, Andreas! A Deusa da Lua pode nos punir. Você não vai gostar disso! — insistiu.

Revirei os olhos.

Não me importei com os avisos. Nem com o clima tenebroso que se formava.

Continuei a execução.

As pessoas pararam de aplaudir. Um silêncio mortal tomou conta do lugar.

Mesmo assim, ergui minha espada.

Primeiro, as pernas.

A humana gritou, implorando para morrer no lugar do companheiro.

Não me importei.

Depois, os braços.

Antes do golpe final, ele olhou para a humana e disse:

— Te vejo na próxima vida.

Então, cortei sua cabeça.

O estrondo que veio depois sacudiu toda a arena.

Sem hesitar, cortei o pescoço da humana também — a causadora de tudo.

Foi quando o céu escureceu completamente e a voz da Deusa ecoou no ar, cheia de fúria:

Rei Lykaios... você foi avisado. Agora arcará com as consequências.

Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App
capítulo anteriorpróximo capítulo
Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App