O silêncio que permaneceu na sala do Conselho depois da aparição da Deusa Selene não era apenas silêncio. Era um vazio pesado, sufocante, como se o ar tivesse sido drenado e substituído por uma sombra antiga que ainda se agarrava às paredes.
Ninguém sabia o que dizer.
Ninguém ousava sequer respirar fundo.
Era como se a própria lua estivesse observando, esperando, julgando.
Os líderes que momentos antes gritavam, discutiam e exigiam punições, agora evitavam até olhar uns para os outros. Os vampiros mantinham a postura rígida, mas seus olhos estavam dilatados em puro terror. As bruxas murmuravam orações baixas, tentando se ancorar depois de sentir a força primordial que atravessou o corpo de Mara. E os alfas… aqueles que deveriam ser os pilares da força lupina, mal levantavam o olhar do chão.
Todos tinham entendido a mesma coisa:
A deusa está no mundo. E ela está acordada.
Mas entre todos naquele salão, ninguém ficou tão abalada quanto Alice e Ema.
Alice
Alice ainda segurava a mão de B