— Acho que você gostou de toda a atenção que recebeu. Você se sente uma estrela? O que ele queria dizer? — Por que você derramou a bebida em mim? — perguntei. Mas ele apenas deu de ombros como se não tivesse acontecido nada. — Senhor Ward... Em um piscar de olhos fui empurrada contra a parede. — Você gostou da atenção? Um deles parecia querer meter a boca aqui. — para provar seu ponto, sua língua lambeu a parte superior do meu seio que estava exposta. — Senhor chefe, prometemos manter as coisas profissionais. — Tire essa calcinha, prove para mim que você não está molhada e eu nunca mais vou tocar em você. ****** Após um término humilhante, Aurora decide que é hora de parar de ser a garota certinha. Depois de ouvir as opiniões do ex-namorado sobre ela, Aurora decide se rebelar. Em um ato de pura raiva e ousadia, Aurora coloca seu vestido mais ousado, esquece os filtros e vai direto para a boate mais caótica que conseguiu encontrar, determinada a se perder por uma noite imprudente. O que ela não esperava era dar de cara com o próprio ex. Sem pensar duas vezes, Aurora agarra um desconhecido e o apresenta como seu novo namorado. Para sua surpresa, o homem entra no jogo com naturalidade e a química entre eles faz a mentira parecer deliciosa demais para acabar ali. O que era para ser apenas uma farsa impulsiva termina em uma noite ardente e inesquecível. Mas o verdadeiro choque vem depois, quando Aurora entra no novo emprego, descobre que o homem misterioso da boate é, na verdade, seu novo chefe.
Leer másAURORA SUMMER
Eu estava me maquiando em frente ao espelho, sem imaginar que, alguns dias depois, como secretária, eu cometeria um pequeno erro e meu chefe exigiria que eu abrisse as pernas para me dar uma punição...
— Tem certeza disso, Aurora? — perguntou minha melhor amiga enquanto me observava passar batom. Estava decidido: eu iria para a balada. Meu namorado tinha acabado de terminar comigo porque, segundo ele, eu era “tensa” e “sem graça”. Ele não achava isso nos últimos dois anos de relacionamento, mas de repente decidiu me deixar como se eu fosse o problema.Lágrimas ameaçaram embaçar minha visão, mas eu as engoli. Ryan não valia minhas lágrimas e eu não podia estragar a maquiagem.
— Estou bem, Maju, não precisa se preocupar comigo — falei, penteando o cabelo com os dedos para deixá-lo com um visual bagunçado. Ficou perfeito… e sexy. Ela só estava preocupada porque sabia o tipo de garota que eu era. Eu não me dava bem com muita gente, nem com álcool, mas estava na hora de me soltar. Talvez ele tivesse razão e eu fosse mesmo tensa. — É só que… você está deixando o Ryan te afetar. Sinto que está fazendo isso por causa dele — disse ela. Embora parecesse verdade, não era. Eu não estava fazendo isso por Ryan. — Não, Maju. Eu não me importo com ele. Isso é por mim. Quero saber como é ser selvagem e louca. E você sabe que pode vir comigo, se quiser — ofereci. — Quem me dera… — respondeu com um suspiro. — Eu quero, mas tenho plantão no hospital hoje à noite. Sim, ela era enfermeira e precisava trabalhar, o que significava que eu ficaria sozinha a noite toda. Bem, eu poderia me misturar se quisesse. — Não faça nada imprudente — alertou enquanto me abraçava e sorria. — Sim, mamãe — provoquei, pegando minha bolsa e saindo do quarto. — Até amanhã! — gritou para mim. — Bye bye! Meu Uber já me esperava na porta. Entrei no carro e respirei fundo. Eu não quis dirigir porque planejava ficar bêbada e não queria correr o risco de causar um acidente. [...] A fila da boate estava enorme. A maioria parecia adolescentes que mal haviam completado dezoito anos e estavam ansiosos para experimentar a vida noturna. Abaixe um pouco mais a parte de cima do meu vestido, expondo um decote generoso, e abri um sorriso sensual. Caminhei direto até o segurança da entrada. Nem precisei dizer uma palavra. Eles simplesmente me deixaram entrar. O poder de uma mulher. A música alta vibrava em cada fibra do meu corpo. As luzes piscavam como se eu tivesse entrado em outro universo. Passei por pessoas dançando, algumas já bêbadas mesmo no início da noite. Caminhava em direção ao bar quando alguém agarrou minha mão. Virei-me e vi um homem que mal conseguia ficar de pé. — Vamos dançar, gatinha — disse ele, puxando-me para si. — Hoje não, bonitão — respondi, me soltando de sua mão. Antes que ele tentasse de novo, me afastei rapidamente. — Me dá a sua bebida mais forte — pedi ao barman, sentando-me no banco alto. Ele arqueou a sobrancelha, mas eu só dei de ombros. O líquido queimou minha garganta na primeira dose, mas não foi tão ruim quanto eu imaginava. Quando olhei para a pista de dança, lá estava ele. Ryan. Ele não estava sozinho. Estava no meio da pista com uma garota loira, e antes que eu pudesse reagir, vi quando ele segurou o rosto dela e a beijou. Então é isso… pensei, com o estômago revirando. Estava com ela enquanto estávamos juntos? A cena diante de mim doía mais do que eu gostaria de admitir. Eu não sabia se aquilo começou antes ou depois do nosso término, mas uma pontada de raiva percorreu meu corpo. Coloquei um sorriso falso no rosto e tomei um gole da minha bebida com a postura de quem não se importa. Quando ele me viu, afastou-se rapidamente da garota, arregalou os olhos e veio até mim. — Aurora? — perguntou, a voz quase sumindo. — Oi, Ryan. — cumprimentei, com um tom doce e venenoso ao mesmo tempo. Ele se aproximou, como se não tivesse acabado de enfiar a língua na boca de outra. — O que você está fazendo aqui? — Eu é que deveria perguntar isso a você. — rebati. — Eu… vim tomar uma ou duas bebidas com os caras. Uma ou duas bebidas com os caras... que piada. E o que ele tinha a ver com o que eu faço? — Não vejo por que minha presença te preocupa. Você deveria voltar a beber com "seus amigos". Eu não gostaria que meu namorado te encontrasse aqui. Ele franziu o cenho. — Namorado? — Sim, ele foi ao banheiro. Deve voltar a qualquer momento. — Você está falando sério? A gente acabou de terminar e você já tem um novo namorado? Olhei para ele, irritada. — Você esperava que eu chorasse por você? Que me trancasse no quarto como se fosse o fim do mundo? Graças a ter te deixado, eu finalmente descobri como o sexo deve ser! Você deveria procurar um urologista!A expressão dele foi como se minhas palavras tivessem dado um tapa no rosto dele.
Nesse momento, avistei um homem extremamente bonito vindo em direção ao bar. Levantei-me e caminhei até ele, decidida.
— Ei, amor. Demorou tanto que eu comecei a ficar preocupada. — falei para o desconhecido, que me olhou confuso. Aproximei-me e sussurrei, só para ele ouvir: — Por favor, jogue junto. Me salve. Os olhos dele brilharam de diversão antes de relaxar o rosto. — Desculpe, amor. Tive que buscar meu celular no carro, esqueci lá. — disse ele, passando o braço pela minha cintura e me puxando para um beijo na testa, — Não teve nenhum palhaço estranho tentando te paquerar, teve? — ele lançou um olhar para Ryan.— Você, vocês...! — Ryan apontou para nós, furioso.
Eu queria mostrar mais. Puxei-o pela gola e o beijei nos lábios.
O que começou como uma encenação se transformou em algo intenso. Seus lábios eram quentes, macios, e me fizeram esquecer completamente Ryan e tudo ao redor. Quando terminei o beijo, olhei de soslaio para o bar. Ryan havia desaparecido. — Você beija todo mundo que conhece assim? — perguntou o desconhecido com um sorriso provocador. Foi então que olhei de verdade nos olhos dele e me perdi, eram tão lindos que eu poderia ficar hipnotizada para sempre. — Desculpe, eu não queria. Eu estava mesmo arrependida? Não. — Sem problema. A propósito, eu sou o Douglas. — Aurora. — Então, minha bela Aurora, aceita tomar um drink com seu namorado de mentirinha?AURORA SUMMER O reflexo no espelho parecia pertencer a outra pessoa. Eu piscava e ainda assim não conseguia acreditar que era eu ali, com os cabelos presos em um coque delicado, a maquiagem perfeita e aquele vestido branco que sempre imaginei, mas não tinha mais coragem de sonhar em vestir. Minha mãe estava atrás de mim, ajeitando a renda que cobria meus ombros com a mesma delicadeza de quando cuidava de mim quando criança. Os olhos dela brilhavam de emoção, e o sorriso era uma mistura de orgulho e nostalgia. — Você está tão linda... — murmurou, com a voz embargada. — Parece até que voltei no tempo e estou vendo a minha menininha brincando de noiva com os lençóis da cama. Ri baixinho, lembrando das vezes que fazia isso. Eu me enrolava nos lençóis brancos e arrastava pelo chão como se fosse uma cauda. Naquela época, não fazia ideia do quanto a vida poderia ser dura. Nem do quanto ela também poderia ser generosa. — Mãe... — virei-me para ela, segurando suas mãos. — Obrigada p
AURORA SUMMERMESES DEPOIS...— Peguei, você é quem manda! — Andrew, ou melhor, Sammy, tocou no pai enquanto ele fugia, e Douglas correu atrás dele tentando alcançá-lo.Não consegui evitar rir da risadinha do meu filho, tão cheia de alegria.Douglas correu até mim, mas desviei, seguindo o mesmo caminho que Sammy fez. Ele riu e se virou para checar se o pai estava por perto.— Peguei você! — Douglas exclamou ao capturá-lo nos braços.— Não, não! — Andrew gargalhou, tentando escapar da prisão do pai.— Super Aurora ao resgate! Peguei, você é quem manda! — exclamei, tocando em Douglas e transformando-o em nosso alvo, enquanto Andrew e eu corríamos atrás dele.— Vou te pegar, papai! Titia, vá por ali! — Andrew coordenava como um pequeno general, e juntos bloqueamos Douglas, derrubando-o no chão. Ele caiu rindo.— Ok, vocês dois venceram! — rendeu-se, enquanto Andrew e eu desabávamos no chão, um de cada lado dele, rindo juntos.— Sam, querido... — Douglas chamou de repente, e Andrew virou-
AURORA SUMMER— Eu realmente não sei como me sentir sobre isso... devo dizer que estou com ciúmes? — Leandro comentou enquanto segurava minha mão, e eu soltei um suspiro pesado.— Desculpe, Leandro, eu...— Ei, não tem do que se desculpar. Você me contou desde o início, eu só estava esperançoso. Não posso impedir você de ser feliz. Dói não ser quem você escolheu, mas, se está feliz, eu também estou. Você finalmente terá a família que sempre quis. Se eu não estiver contente por você, que tipo de pessoa eu seria? Eu só queria que nunca mais chorasse. Agora conhece seu filho, está com o pai dele, o homem que ama. Por mais que me doa admitir, o cara é louco por você e tenho certeza de que vai protegê-la. — As palavras dele me arrancaram um sorriso emocionado.— Você é a melhor pessoa que já conheci, Leandro. Tão compreensivo, tão atencioso... Eu prometo que encontrará uma mulher que mereça todo o amor que você tem para dar, pode acreditar em mim. — Afirmei, e ele assentiu antes de levar m
DOUGLAS WARD Assim que ouvi que ela estava acordada, praticamente saí correndo de casa e entrei no carro. Saí dirigindo direto para o hospital, apertando as mãos no volante, tomado pela impaciência. Quando estacionei, corri para dentro do prédio. Parei diante da porta do quarto dela, tentando me recompor antes de bater. Abri a porta silenciosamente e entrei. Todos se viraram para mim, mas os únicos olhos que captaram minha atenção foram os lindos olhos dela. Aqueles olhos castanhos que me assombram há anos. — Oi — cumprimentei, enquanto o tal Leandro se inclinava até ela e a beijava no rosto antes de deixar a sala, seguido pela assistente. — Estou feliz que você esteja acordada — falei, sem saber o que mais acrescentar. — Obrigada por me salvar — murmurou ela. Não precisava me agradecer por nada, eu faria qualquer coisa por ela. — Por que você fez aquilo? — perguntou de repente, e franzi o cenho, confuso. — Aurora, eu faria tudo de novo. Não posso te ver com problemas e simple
DOUGLAS WARD — Tivemos que fazer uma plasmaférese para remover o veneno porque era muito. Remover o sangue significava que temos que dar mais sangue a ela, mas o problema agora é que não temos sangue que corresponda ao dela. — Você pode ficar com o meu! — nós três exclamamos ao mesmo tempo. — Contanto que seja compatível, seria vantajoso para ela se pudéssemos obter uma doação de vocês três — explicou o médico. — O que estamos esperando? Vamos — apressou-se a assistente de Aurora, seguindo o médico à frente, enquanto eu apenas me encostava na parede, tentando controlar a ansiedade. — Você não pode me culpar por algo que eu não sabia — argumentei, notando a encarada de Leandro. — Você não imagina como me sinto agora, sabendo que meu filho é justamente o filho que a mulher que amo procura há mais de quatro anos. Você não tem ideia do que passei, então não tem o direito de me julgar. Não sabe o que tive que suportar nesses quatro anos. Não digo isso para que goste de mim, mas porque
AURORA SUMMERNão posso morrer, não quando tenho a chance de ver meu filho. Não agora.Ela se levantou com a seringa na mão enquanto girava a ponta e olhou para mim com um sorriso sinistro.— Eu estava esperando por essa parte. Ela vai saber como é ter agulhas sendo constantemente espetadas em você — murmurou Ryan, olhando para mim com entusiasmo.— Veja esta pequena agulha. Vou injetá-la em você bem devagar e você vai morrer bem devagar. Ninguém saberá que foi eu, e Douglas será meu e somente meu. Quanto ao seu filho, ele vai me chamar de mãe pelo resto da vida — Rebecca proclamou enquanto começava a andar em minha direção. Balancei a cabeça, lutando para me libertar.— Não! Você não pode!— Se eu fosse você, manteria a calma, senão isso poderia cortar uma veia e você sangraria até a morte. De qualquer forma, funciona para mim. — acrescentou, inclinando-se em direção ao meu pescoço. Tentei me afastar, mas não consegui.— Não! Por favor, não!— Aproveite — sussurrou antes de enfiar a
Último capítulo