Capítulo 11: O beijo da serpente.
A manhã começou como um sonho perigoso. Os beijos de Leo no meu pescoço, sua mão firme na minha cintura sob as cobertas, não eram mais apenas carinhos matinais. Eram uma exploração. Seus lábios traçavam linhas de fogo desde meu ombro até a curva da mandíbula, cada toque um choque elétrico que percorria minha espinha. Seu hálito quente contra minha pele despertou algo adormecido há anos – uma fome de contato, de pele contra pele, de não estar só naquela vastidão silenciosa de livros.
Seu corpo, quente e sólido contra minhas costas na conchinha, virou-se. Agora ele estava sobre mim, parcialmente, seu peso um ancoragem agridoce. Uma mão deslizou por minha lateral, encontrando a cintura do meu pijama de algodão fino. Os dedos dele – Deus, os dedos dele – eram ásperos, mas o toque era deliberadamente suave, uma contradição que fazia meu estômago embrulhar de desejo e terror. O polegar esfregou o osso do quadril exposto, e um gemido baixo, involuntário, esca