As palavras de Leo ecoaram na cozinha silenciosa, carregadas de uma seriedade que cortou o ar. "Você deveria ter mais cuidado com quem traz pra dentro de casa." Não era apenas uma observação; parecia um aviso genuíno, vindo de um lugar obscuro de experiência. Ele parecia realmente preocupado... com ela. Com a segurança da mulher que supostamente o acolhera, o amara, mas que trouxera um estranho sem memória para seu refúgio isolado.
Elysa ficou paralisada. O choque não veio do medo, desta vez, mas da constatação absurda: estava funcionando. A mentira grotesca, a farsa elaborada em cima de um coma e leituras de romance, havia criado raízes tão profundas na mente confusa de Leo que ele agora sentia um protetorado autêntico por ela. Ele "amava" Elysa. E esse amor, embora nascido de uma ilusão, manifestava-se como uma preocupação visceral. Era assustador. Era... eficaz.
Antes que ela pudesse processar completamente o turbilhão de emoções – culpa, medo, um ping