Mundo de ficçãoIniciar sessãoQuando ele se levantou, ainda ajoelhada entre minhas pernas, achei que fosse me deixar ali.
Molhada. Confusa. Desarmada. Mas nĂŁo. Ele estava sĂł começando. Dante Moreau nĂŁo tinha pressa. Porque o prazer, pra ele, nĂŁo era fĂsico. Era mental. PsicolĂłgico. QuĂmico. E a droga era ele. ⸻ Ele se afastou atĂ© a poltrona. Sentou, descruzou as pernas. Postura de rei. Olhar de predador. E disse, baixo: — Tira a alça da camisola do ombro esquerdo. SĂł ela. Obedeci. A seda deslizou, revelando a curva suave do meu ombro e parte do seio. — Agora o direito. A mesma coisa. Nada demais. Mas eu já sentia como se estivesse completamente nua. Exposta. Em carne viva. — — Deita na cama. Encosta a cabeça no travesseiro. NĂŁo abra as pernas. E nĂŁo encoste em vocĂŞ. A voz dele era navalha. Fiz tudo exatamente como mandou. O tecido da camisola subiu atĂ© a metade da coxa. Minha respiração estava curta. Minhas coxas pressionadas. Meu corpo inteiro… implorando. — Ele nĂŁo se levantou. Ficou ali. Olhando. Como quem hipnotiza um animal selvagem atĂ© ele se render. — Agora fecha os olhos. E escuta o que eu disser. SĂł isso. Entendido? — Sim. — Boa garota. Aquelas duas palavras… fizeram minha coluna arquear. Foi ali que senti: ou gozo agora… ou nunca mais. — — Sente o lençol debaixo de vocĂŞ. O toque da seda na pele quente. Sua respiração curta. O batimento do seu coração entre as pernas. Ele falava lento. Como um mantra. — VocĂŞ está molhada. Eu sei. E quanto mais tenta controlar… mais escorre. Eu gemi. Baixo. Sem tocar. Sem mexer. A voz dele guiava cada impulso, cada contração, cada lembrança do olhar que me despiu mais cedo. — Imagina minha boca encostando bem aqui… Ele apontou pra prĂłpria clavĂcula. — Mas nĂŁo toca. SĂł sente. Minhas pernas começaram a tremer. O prazer subia, desesperado. — — Agora pensa na minha mĂŁo… bem aqui. Ele abriu a palma e pousou sobre o peito. — Mas ainda nĂŁo Ă© hora. VocĂŞ sĂł vai gozar quando eu disser. Meu quadril já se mexia sozinho. Contra o colchĂŁo. A camisola Ăşmida entre minhas pernas. E eu completamente fora de mim. — — Agora. Desce essa tensĂŁo pro ventre. Sente a pressĂŁo. Sente a necessidade. E quando eu disser “agora”… vocĂŞ vai explodir. Sem tocar. Sem abrir. Sem vergonha. SilĂŞncio. Dois segundos. TrĂŞs. E entĂŁo: — Agora. — Foi como cair de um prĂ©dio. Eu gozei. Sem dedos. Sem boca. Sem pĂŞnis. SĂł com a voz. E pela primeira vez na vida, nĂŁo tive como fingir. Foi real. Cru. Incontrolável. A Rendição Sem MĂŁos sem toque… — Quando abri os olhos, ele estava de pĂ©. Na beira da cama. O olhar calmo. — Agora sim. — ele disse. — Agora eu vou te tocar. Porque vocĂŞ entendeu. Que aqui… sĂł se goza quando eu quiser. E aĂ ele começou a se despir. Camisa. Calça. Cueca. E o que veio depois… nĂŁo foi sexo. Foi posse. —






