đ„ CapĂtulo 50 â A Limusine NĂŁo Tem Freio. Nem Moral.
A porta fecha.
CLICK.
O vidro sobe, isolando o motorista.
SilĂȘncio.
Ou quase.
Porque dentro daquela cabine de luxo⊠o ar não respira. Ele FERVE.
Valentina ajeita o vestido dourado.
Cruza a perna devagar.
Faz questão de deixar a fenda abrir até quase o quadril.
Dante olha.
De lado.
De cima.
Olhar de predador.
Olhar de quem nĂŁo tem pressa.
Olhar de quem quer ver ela se desmontar⊠sem nem precisar encostar.
Ele apoia o cotovelo na poltrona.
Pega uma taça de champanhe.
Bebe.
Calmo.
Ela cruza as pernas de novo.
Descruza.
Cruza do outro lado.
O vestido sobe mais.
A coxa aparece inteira.
O quadril quase escapa.
Dante nĂŁo se mexe.
Mas a mandĂbula dele trava.
O peito sobe e desce mais pesado.
Ela percebe.
Sabe.
E faz mais.
Porque ela nasceu pra isso.
Pra provocar o diabo⊠até ele ajoelhar.
â TĂĄ me olhando por quĂȘ? â pergunta, mordendo o canto do lĂĄbio.
â TĂĄ tentando decidir se me come⊠ou se me mata?
Ele gira a taça na mão.
Devagar.
Sorriso de canto.
â TĂŽ decidindo⊠se faço os dois.
Ela ri.
â