O silĂȘncio do salĂŁo pesa.
O mundo inteiro parece respirar mais devagar.
Dante segura o queixo dela.
Puxa.
Olhos nos olhos.
Queimam.
Explodem.
Ă domĂnio.
Ă guerra.
à sentença.
â Fala pra ele. â a voz dele sai cortada, rouca, animal.
â Fala de quem vocĂȘ Ă©.
O olhar de Armand escorrega pelo corpo dela.
Sorrindo.
NĂŁo Ă© um sorriso de desejo.
Ă de desafio.
De quem aposta tudo no caos.
Valentina sente.
Sente o mundo segurando o fĂŽlego.
Sente as mĂŁos dele apertando.
Sente o olhar dos dois.
Sente o salão inteiro esperando que ela seja o troféu de alguém.
Mas ela nĂŁo Ă©.
Nunca foi.
O riso escapa.
Baixo.
Perigoso.
Debochado.
Ela segura a mĂŁo de Dante no queixoâŠ
E tira.
Devagar.
Com calma.
NĂŁo com medo.
Com domĂnio.
DĂĄ um passo pra trĂĄs.
Olha pros dois.
De cima.
Porque agora ELA estĂĄ acima.
â VocĂȘs estĂŁo mesmo discutindo quem Ă© meu dono? â a voz vem calma, doce, cortante como vidro.
â SĂ©rio? Dois homens, bilionĂĄrios, influentes⊠achando que podem decidir quem me possui?
Pausa.
Ela respira.
O peito