đ„ CAPĂTULO 67â QUANDO O AMOR TEM CHEIRO DE PĂLVORA.
O silĂȘncio no salĂŁo Ă© assassino.
As taças tremem.
Os seguranças se olham â prontos, mas com aquele olhar de quem sabe:
Se mexer⊠morre primeiro.
Dante inclina o corpo.
Cruza os dedos sobre a mesa.
O olhar? Cortante. Mortal. De quem não ameaça. De quem avisa.
â Ăltima chance, Armand.
Entrega quem mandou me cercar.
Entrega quem ousou botar o nome dela⊠â ele segura o queixo de Valentina, sem desviar os olhos â na boca.
âž»
Armand sorri.
Aquele sorriso de quem sabe que o chĂŁo tĂĄ desabando.
Mas ainda tenta bancar o elegante no prĂłprio velĂłrio.
â Dante⊠â ele acende outro charuto, trĂȘmulo â Isso nĂŁo Ă© pessoal.
SĂł negĂłcios.
Valentina ri.
Riso curto. Cortante.
Riso de quem jĂĄ matou antes â nem que tenha sido sĂł no olhar.
â Amor⊠explica pra ele⊠â ela desliza o dedo pela coxa de Dante â que quando botaram meu nome na mesa⊠deixaram de ser negĂłcios.
Virou sentença.
âž»
Dante bate a mĂŁo na mesa.
Seco.
Forte.
O som ecoa no peito de quem ainda respira ali.
â VocĂȘ quer negociar? Beleza. â ele se incl