(Ou como o amor deles tem cheiro de pólvora, gosto de pecado e preço de guerra.)
âž»
Limousine.
Paris correndo pela janela como se o mundo estivesse em cĂąmera lenta.
Mas dentro⊠o tempo não existe.
Dante joga o dossiĂȘ no banco da frente.
Aperta um botĂŁo.
O vidro que separa o motorista sobe.
Privacidade total.
Isolamento acĂșstico.
Se o mundo lå fora desabar⊠aqui dentro, eles nem escutam.
âž»
Dante puxa Valentina pela nuca.
Sem gentileza.
Sem paciĂȘncia.
Sem freio.
â VocĂȘ sabe que me deixa louco, nĂ©? â a voz dele desce rasgada, suja, molhada de desejo e de perigo.
Ela sorri.
Cruza as pernas.
Desliza a mĂŁo no prĂłprio colo, como se fosse dona do mundo.
â Loucura, Moreau⊠â ela morde o lĂĄbio â Ă© achar que vocĂȘ me controla.
Dante segura mais forte.
Inclina o rosto.
Queixo travado.
Maxilar pulsando.
â Eu nĂŁo te controlo, ruiva. Eu te domino. E nĂŁo Ă© a mesma coisa.
âž»
O cheiro no carro muda.
Luxo. TesĂŁo. Guerra. Perfume caro. E perigo.
Ela sobe no colo dele.
De joelhos.
A seda do vestido desliza n