A FAMÍLIA CONVOCA OS IRMÃOS SICÍLIA, ITÁLIA Hades simplesmente larga tudo quando seu pai convoca sua presença para voltar a Itália. Nascido e crescido dentro de uma organização criminosa ele sabe o que está por vir. Voltar para a Sicilia e reencontrar seus irmãos faz o seu antigo eu despertar e quer tudo aquilo que um dia fora treinado para fazer e ter. Agora o primogênito tem uma missão, ficar a frente da família e descobrir quem assassinou seu pai para honrar sua vendetta. No meio disso uma aliança que ele desconhecia. A filha do Don da família Bratva é sua prometida, sem poder recusar Hades abraça esse casamento principalmente quando se depara com sua recém esposa no altar, mortal e belíssima, não é tão difícil fantasiar um casamento com ela. Seria essa o começo do fim da vida desses dois? ESSE LIVRO PODE CONTER GATILHOS
Ler maisPara todas que amam homens que endeusam suas mulheres
Andreia Vitória Hades suspirou ao sair do aeroporto. Tantos anos longe da Sicília para no final acabar no mesmo lugar de décadas atrás. Ele não sabia do por que foi convocado mas pretendia descobrir o quanto antes. — Táxi! D'Angelo entrou no automóvel com o motorista a sua frente e lhe informou o endereço, o taxista olhou pelo retrovisor com o semblante claro que estava analisando seu perfil, desconfiado o homem de idade ergueu uma das sobrancelhas com a suspeita da sua pessoa. Suspirando, Hades jogou cem euros no banco do passageiro da frente e sentiu o carro andar pelas ruas da famosa cidade siciliana. Minutos depois ele estava de frente ao portão da grande mansão da famiglia D'Angelo's, a nostalgia de boas lembranças esquecidas a tanto tempo veio com força, as raras vezes que ele corria atrás de seus irmãos com algum tipo de brincadeirinha de perseguição enquanto eles entravam na propriedade. Se lembrou em particular quando passou por uma árvore velha que na sua infância cravou seu nome no casco velho com uma faca afiada que seu pai havia lhe dado de presente. Hades olhou ao redor, agora, notando a quantidade de soldados, fuzil visíveis para que todos vissem o poder que aquela famiglia tinha. Parado em frente a porta ele levou uns segundos para dar o primeiro passo enquanto ouvia o táxi sair mais rápido do que o normal de uma casa residencial. Ele deve estar se cagando agora, pensou Hades sobre o taxista. — Hades! — Na porta da grande mansão estava seu tio lhe esperando, seus instintos adormecidos ficaram em alerta ao máximo, desconfiado ele deu passos calculados até o homem mais velho. — Que saudade meu sobrinho — Diz Hermes, dando a recepção de dois beijos na bochecha e um abraço apertado. Hades olhou aquilo com todos os seus instintos em alerta agora ao máximo, ele não disse nada, esperou seu tio parar de abraçá-lo para começar a falar. — O que está acontecendo? — Hades não gostava de boa parte da sua famiglia, viver longe deles significava paz e sossego. Rapidamente Hermes se entristeceu, seus olhos marejaram e suspirou engolindo o choro. — Seu pai meu sobrinho. Com essa simples frase o coração de Hades disparou, ele apertou a alça da bolsa que carregava e trincou a mandíbula esperando seu tio lhe dar a notícia. — Entre por favor. Desconfiado, Hades deu o seu primeiro passo entrando na casa por completo, a porta se fechou atrás dele e seguiu seu tio em silêncio. Reparou que na casa não tinha mudado muita coisa, somente alguns quadros de fotografia haviam aumentado com o passar dos anos. — Sente-se, por favor — Disse seu tio apontando para o sofá da sala de estar. Hades se sentou exalando o ar devagar, a demora do seu tio de lhe explicar o que estava acontecendo irritava-o profundamente. Ele colocou sua bolsa de porte médio ao seu lado no chão. — Seu pai sofreu um ataque — Hades se encostou no sofá e cruzou as pernas com elegância, a mão foi para o seu colo. — Os médicos dizem que o caso é irreversível, e que irão desligar a máquina que o mantém vivo. Seu tio claramente estava esperando alguma reação, mas Hades não pode fazer nada a não ser ficar olhando para o homem à sua frente, humilhações que passou quando criança ainda lhe assombrava em pesadelos, o homem não deve outra reação a não ser agradecer em silêncio, ele queria uma morte lenta para o seu genitor, que o torturasse e fizesse sofrer assim como Ares fez com ele e com todos os seus irmãos mais novos. — Com isso você já sabe o que vem por aí. Ali estava o real motivo, Hades esperava um acontecimento trágico, mas pela dor de cabeça que isso lhe daria ele rapidamente optou pela morte natural ou que fizessem parecer com uma. — Só eu que fui convocado? — Perguntou para seu tio que se levantou e pegou uma garrafa de vinho. — Não, todos foram — Hermes tirou a rolha da garrafa e bebeu do gargalo. — O senhor está cansado? — Hades se forçou a perguntar. — Foram dias exaustivos, alguém está fazendo mal a nossa famiglia e eu não sei quem é — Diz abalado. O instinto de líder do Hades acordou, ele empurrou para baixo a ganância de querer liderar tudo e tomar o que era seu por direito. — Vou para o meu quarto e discutiremos isso quando eu voltar, ok? — Hades se levantou e Hermes se aproximou, ele viu os olhos cansados do tio. — Que tal o senhor ir descansar um pouco? Daqui algumas horas nos reencontramos no escritório? — Ok, sobrinho. Hades pegou a sua mala e adentrou mais na casa, subiu as escadas para o segundo andar e observou o corredor cheio de portas dos quartos dos seus irmãos. Passou direto por todos e encontrou no seu antigo quarto, decorações da época que ele morava na casa havia sumido, estava limpo de quadro pessoais, claramente teria virado um quarto de hóspedes. Ele colocou a mala no chão e foi direto para a porta que dava na varanda, observou os soldados fazendo patrulha e voltou ao centro do quarto. Hades se sentou na cama e esperou em silêncio as horas passar pensando sobre tudo que descobriu até aquele momento. ***** Três horas depois, no horário do almoço Hades desceu com uma roupa diferente, ele esperava que já tinha dado tempo o suficiente para o seu tio ter descansado pelo menos um pouco. Passou pela sala de jantar, corredor e parou na frente da porta do escritório do seu pai, ele bateu na porta três vezes antes de entrar. Seu tio estava sentado no sofá e bateu a mão ao seu lado sem olhar para cima, fumando um charuto ele esvaziou seus pulmões jogando a fumaça para fora do seu corpo. Hades fechou a porta e se sentou ao seu lado. Aquele lugar estava um caos completo, os dois ficaram olhando a prateleira quebrada de livros clássicos que só servia de enfeite já que seu pai não lia nenhum. — Foi uma emboscada, invadiram a casa de todos os lados. Eu estava em casa, assim que soube vim correndo mas já era tarde, levamos para o hospital, ele deu entrada em estado gravíssimo — Hermes para de falar e dá um trago no charuto. — A famiglia está um caos, todos sabemos o que você terá que fazer agora — Seu tio o olha. — Não sou digno, lembra-se? Não sou um homem de honra segundo a famiglia. — Agora você é, ou voltou a ser, nossa famiglia irá se enfraquecer se você não honrar o seu pai. Hades sabia que aquilo era verdade e muito real, mas seu nome já estava manchado, duvidava que alguém iria aceitar suas escolhas — mesmo que seja para honrar seu pai. — Sabe quem mandou? — Seu tio negou com a cabeça. — Estamos em paz com a Camorra e Ndrangheta, ninguém iria bater de frente com a Cosa Nostra sobrinho... — Diz tio, o que o senhor não está me contando? — O homem suspira colocando o charuto de lado. — Existem muitas coisas que seu pai escondeu de mim, muitas coisas que talvez ele soubesse que iria atacá-lo — Ele diz, Hades suspirou, e voltamos para o mundo de mentiras, pensou ele. — Por que ele esconderia algo do senhor? — Hades perguntou e Hermes se levantou frustrado. — Eu não sei, minha cabeça está fritando com tudo isso. — O italiano ouviu o leve tom de irritação na voz de Hermes. Hades suspirou se encostando no sofá. — Onde está a mama e Ártemis? — Hades perguntou, ele sentia saudades da sua mãe, tinha vagas lembranças defendendo ele de seu pai. — Ares colocou Antonella em um Hospital psiquiátrico alguns anos depois que você e seus irmãos se foram — A raiva de Hades começou a ferver seu sangue. — Ártemis está no hospital. — O quê? Por quê? — Ela foi estuprada Hades, por um dos homens que mataram seu pai. Hades viu vermelho.ALGUNS MESES ANTES... O jato particular da família D'Angelo pousou na pista do terreno da mansão, Katrina com toda a sua glória desceu as escadas com a sua faca preferida em punho e os cabelos voando em seu rosto com a velocidade do vento ao redor. As iniciais do seu nome gravada na peça rara sendo desenhada e feita por si mesma. Ela caminhou até a casa, notou os soldados e percebeu que a situação era mais séria do que pensava. Nunca tinha visto tanto homem feito junto. A mulher tinha recebido a mensagem criptografada de seu primo que tinha acontecido algo com sua adorável e doce prima Ártemis, Katrina estava em Tóquio sendo uma assassina de aluguel que o seu pai a criou para ser, longe da famiglia para não ter problemas. Entrando pela grande janela da sala Katrina viu os seus primos reunidos, realmente sério pensou ao ver quase todos os irmãos reunidos ou quase todos. Faltava Apollo. A mulher com a beleza chamativa italiana olhou para o seu primo Hades e ergueu uma das sobra
"Só corra riscos se puder lidar com as consequências Don Corleone" — Você viu tudo sem mexer um dedo — Pan apertou a mandíbula quando seus dentes cerraram dentro da boca. — A intenção era trazer seu irmão de volta, independente do que acontecesse. — Hermes disse sem remorso. Hades balançou a cabeça, frio e raivoso sem demonstrar tal sentimento. Levantando o olhar, o italiano observou bem seu tipo, era a última vez que veria seu rosto tão intacto. Em breve Hermes iria passar alguns dias relaxando junto ao Perseu. — Vou lhe deixar com Perseu. — O Don disse, Hermes sabia bem por que temiam tanto o seu irmão, Perseu tinha recebido o treinamento mais duro e torturador de todos, ele nasceu para ter uma função na famiglia. Hermes engoliu em seco quando Perseu se moveu lentamente, igual uma cobra pronta para o abate. Hades não sabia o quanto o seu irmão gostava de machucar os outros, mas sabia que gostava. No meio daquele show Hades pensou; como está minha esposa? ***** Svet
"Homens realmente grandes não nascem grandes, tornam-se grandes Don Corleone" Hades cruzou as pernas quando observou Hermes jogado no chão da masmorra do porão da casa. Ele tinha que fazer aquele cenário para que pensassem que seu tio tinha saído do jogo. Ao seu lado encostado na parte com os braços cruzados estava Perseu, seu irmão era uma fonte segura para fazer uma tortura dura o suficiente para a pessoa implorar pela morte sem mata-la realmente. Um gemido suave de dor soou do homem deitado, Hades não fumava, mas naquela situação era impossível não ficar tão estressado, ele precisava saber quem havia envenenado seu pai. A morte planejada de seu tio foi apenas uma casualidade que acelerou um processo que já iria acontecer cedo ou tarde — mais cedo do que tarde, já que Ares tinha uma boa quantidade de veneno em seu organismo, porém as doses pequenas estava fazendo parecer que era a velhice que estava lhe atacando mais cedo. O italiano acendeu o cigarro quase que arrependido
“Ele agarrou minha mão e me deu um beijo. Este foi um beijo suspeito. Este foi o beijo da morte”. Joe Valachi O projétil saiu da arma de Hades diretamente para a perna de seu tio. Hermes caiu de joelhos, gritando com a mão no ferimento. As pessoas no salão se assustaram. Se assegurando que Svetlana estava bem, dando uma boa olhada para sua mulher ele caminhou até seu tio e pegou o homem pela gola da camisa social, deixando-o de joelhos. O choque transpareceu no rosto de todas as pessoas do salão. — Você achou que eu não iria descobrir? — Hades perguntou se abaixando, equilibribrando seu peso em seus pés. As mãos apoiadas nos joelhos. — Bom garoto — O tio parabenizou o sobrinho, Hades balançou a cabeça negando. — Por que fez isso? — Você sabe o por quê. Mordendo os lábios o Don estalou o pescoço de um lado e do outro sentindo a tensão do momento. — Meu pai já tinha me convocado — Hades disse com raiva porém em um tom baixo para que ninguém ao redor
“O homem é o animal mais difícil de eliminar. Se ele escapar, ele voltará para te matar.” Salvatore Maranzano Hades se virou assim que ouviu os saltos e o andado diferente de qualquer mulher do salão, rapidamente reconhecendo os passos da sua russa ele girou seu corpo com uma taça de vinho na mão com um leve sorriso em seus lábios. As pessoas faziam uma meia lua naturalmente enquanto Pan e Svetlana passavam entre eles, abrindo o caminho para os dois e fechando rapidamente. A russa estava deslumbrante com um vestido de seda preto, a fenda ousada desenhava sua coxa branca, pálida. Simples mas elegante, provocativa porém discreta, ela caminhou até ele se encontrando no meio do caminho. — Está perfeita esposa — Ele disse admirando seus olhos azuis. Hades olhou para Pan que se desvencilhou da russa e saiu sem ter muitas palavras a dizer, ainda era estranho se costumar com a fluidez dos passos dele. — Bom, hoje estamos aqui, reunidos para oficializar o novo cargo que as mulhe
"Estabeleça prioridades: se está cercado de de jacarés, a primeira providência é drenar o pântano"Filosofia da máfia Svetlana estava no canto da sala, o médico observada Fontana e todos os hematomas dela. A raiva a consumia, ela não sabia exatamente o momento que se tornou tão protetora assim com as mulheres da famiglia, mas ver aqueles roxos estavam fazendo o sangue a Donna ferver. Além delas não terem um treinamento adequado para conseguirem se defender, existia um tom nas vozes daqueles homens que a irritavam profundamente. — Estou bem. Fontana declarou assim que o médico tinha saido. Com o marido da mulher punido, a russa se aproximou da italiana deitada na maca. Svetlana nunca quis fazer justiça com as próprias mãos igual agora, ela nem sabia que esse sentimento raivoso existia dentro do seu ser. — Talvez seu físico esteja bem, mas sua cabeça não. — Fontana era casada por anos, claramente aqueles hematomas não eram de um primeiro contato. Envergonhada a mulher ab
Último capítulo