HADES - O Novo Don - Irmãos D'Angelo - Livro 1
HADES - O Novo Don - Irmãos D'Angelo - Livro 1
Por: Andreia Vitória
PRÓLOGO

Para todas que amam homens que endeusam suas mulheres

Andreia Vitória

Hades suspirou ao sair do aeroporto. Tantos anos longe da Sicília para no final acabar no mesmo lugar de anos atrás. Ele não sabia do por que foi convocado mas pretendia descobrir o quanto antes.

— Táxi!

D'Angelo entrou no automóvel com o motorista a sua frente e lhe informou o endereço, o taxista olhou pelo retrovisor com o semblante claro que estava analisando seu perfil, desconfiado o homem de idade ergueu uma das sobrancelhas com a suspeita da sua pessoa. Suspirando, Hades jogou cem euros no banco do passageiro da frente e sentiu o carro andar pelas ruas da famosa cidade siciliana.

Minutos depois ele estava de frente ao portão da grande mansão da famiglia D'Angelos, a nostalgia de boas lembranças esquecidas a tanto tempo veio com força, as raras vezes que ele corria atrás de seus irmãos com algum tipo de brincadeirinha de perseguição.

Hades olhou ao redor, agora, notando a quantidade de soldados, fuzil visíveis para que todos vissem o poder que aquela famiglia tinha. Parado em frente a porta ele levou uns segundos para dar o primeiro passo enquanto ouvia o táxi sair mais rápido do que o normal de uma casa residencial.

Ele deve estar se cagando agora, pensou Hades sobre o taxista.

— Hades! — Na porta da grande mansão estava seu tio lhe esperando, seus instintos adormecidos ficaram em alerta ao máximo, desconfiado ele deu passos calculados até o homem mais velho. — Que saudade meu sobrinho — Diz Hermes, dando a recepção de dois beijos na bochecha e um abraço apertado.

Hades olhou aquilo com todos os seus instintos em alerta agora ao máximo, ele não disse nada, esperou seu tio parar de abraçá-lo para começar a falar.

— O que está acontecendo? — Hades não gostava de boa parte da sua famiglia, viver longe deles significava paz e sossego.

Rapidamente Hermes se entristeceu, seus olhos marejaram e suspirou engolindo o choro.

— Seu pai meu sobrinho.

Com essa simples frase o coração de Hades disparou, ele apertou a alça da bolsa que carregava e trincou a mandíbula esperando seu tio lhe dar a notícia.

— Entre por favor.

Desconfiado, Hades deu o seu primeiro passo entrando na casa por completo, a porta se fechou atrás dele e seguiu seu tio em silêncio. Reparou que na casa não tinha mudado muita coisa, somente alguns quadros de fotografia haviam aumentado com o passar dos anos.

— Sente-se, por favor — Disse seu tio apontando para o sofá da sala de estar.

Hades se sentou exalando o ar devagar, a demora do seu tio de lhe explicar o que estava acontecendo irritava-o profundamente.

Ele colocou sua bolsa de porte médio ao seu lado no chão.

— Seu pai sofreu um ataque — Hades se encostou no sofá e cruzou as pernas com elegância, a mão foi para o seu colo. — Os médicos dizem que o caso é irreversível, e que irão desligar a máquina que o mantém vivo.

Seu tio claramente estava esperando alguma reação, mas Hades não pode fazer nada a não ser ficar olhando para o homem à sua frente, humilhações que passou quando criança ainda lhe assombrava em pesadelos, o homem não deve outra reação a não ser agradecer em silêncio, ele queria uma morte lenta para o seu genitor, que o torturasse e fizesse sofrer assim como Ares fez com ele e com todos os seus irmãos.

— Com isso você já sabe o que vem por aí.

Ali estava o real motivo, Hades esperava um acontecimento trágico, mas pela dor de cabeça que isso lhe daria ele rapidamente optou pela morte natural ou que fizessem parecer com uma.

— Só eu que fui convocado? — Perguntou para seu tio que se levantou e pegou uma garrafa de vinho.

— Não, todos foram — Hermes tirou a rolha da garrafa e bebeu do gargalo.

— O senhor está cansado? — Hades se forçou a perguntar.

— Foram dias exaustivos, alguém está fazendo mal a nossa famiglia e eu não sei quem é — Diz abalado.

O instinto de líder do Hades acordou, ele empurrou para baixo a ganância de querer liderar tudo.

— Vou para o meu quarto e discutiremos isso quando eu voltar, ok? — Hades se levantou e Hermes se aproximou, ele viu os olhos cansados do tio. — Que tal o senhor ir descansar um pouco? Daqui algumas horas nos reencontramos no escritório?

— Ok, sobrinho.

Hades pegou a sua mala e adentrou mais na casa, subiu as escadas para o segundo andar e observou o corredor cheio de portas dos quartos dos seus irmãos. Passou direto por todos e encontrou no seu antigo quarto, decorações da época que ele morava na casa havia sumido, estava limpo de quadro pessoais, claramente teria virado um quarto de hóspedes.

Ele colocou a mala no chão e foi direto para a porta que dava na varanda, observou os soldados fazendo patrulha e voltou ao centro do quarto. Hades se sentou na cama e esperou em silêncio as horas passar.

*****

Três horas depois, no horário do almoço Hades desceu com uma roupa diferente, ele esperava que já tinha dado tempo o suficiente para o seu tio ter descansado pelo menos um pouco.

Passou pela sala de jantar, corredor e parou na frente da porta do escritório do seu pai, ele bateu na porta três vezes antes de entrar. Seu tio estava sentado no sofá e bateu a mão ao seu lado sem olhar para cima, fumando um charuto ele esvaziou seus pulmões jogando a fumaça para fora do seu corpo.

Hades fechou a porta e se sentou ao seu lado. Aquele lugar estava um caos completo, os dois ficaram olhando a prateleira quebrada de livros clássicos que só servia de enfeite já que seu pai não lia nenhum.

— Foi uma emboscada, invadiram a casa de todos os lados. Eu estava em casa, assim que soube vim correndo mas já era tarde, levamos para o hospital, ele deu entrada em estado gravíssimo — Hermes para de falar e dá um trago no charuto. — A famiglia está um caos, todos sabemos o que você terá que fazer agora — Seu tio o olha.

— Não sou digno, lembra? Não sou um homem de honra segundo a famiglia.

— Agora você é, ou voltou a ser, nossa famiglia irá se enfraquecer se você não honrar o seu pai.

Hades sabia que aquilo era verdade e muito real, mas seu nome já estava manchado, duvidava que alguém iria aceitar suas escolhas — mesmo que seja para honrar seu pai.

— Sabe quem mandou? — Seu tio negou com a cabeça.

— Estamos em paz com a Camorra e Ndrangheta, ninguém iria bater de frente com a Cosa Nostra sobrinho...

— Diz tio, o que o senhor não está me contando? — O homem suspira colocando o charuto de lado.

— Existem muitas coisas que seu pai escondeu de mim, muitas coisas que talvez ele soubesse que iria atacá-lo — Ele diz, Hades suspirou, e voltamos para o mundo de mentiras, pensou ele.

— Por que ele esconderia algo do senhor? — Hades perguntou e Hermes se levantou frustrado.

— Eu não sei, minha cabeça está fritando com tudo isso.

Hades suspirou se encostando no sofá.

— Onde está a mama e Ártemis? — Hades perguntou, ele sentia saudades da sua mãe, tinha vagas lembranças defendendo ele de seu pai.

— Ares colocou Antonella em um Hospital psiquiátrico alguns anos depois que você e seus irmãos se foram — A raiva de Hades começou a ferver seu sangue. — Ártemis está no hospital.

— O quê? Por quê?

— Ela foi estuprada Hades, por um dos homens que mataram seu pai.

Hades viu vermelho.

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