“Há certas promessas que você faz que são mais sagradas que qualquer coisa que acontece em um tribunal de justiça, eu não me importo para a quantidade de Bíblias em que você põe sua mão.”
Paul Castellano Svetlana calculou todas as variantes de que se precisasse mataria seu mais novo esposo no altar. Ela sabia que sua entrada chocou a todos, principalmente quando escolherá entrar com as armas banhadas a ouro em mãos em vez de um buquê estúpido. A cerimônia aconteceu normalmente até o homem à sua frente falar sobre a ormetà¹. — O pedido especial da noiva é que o senhor Hades D'Angelo jure a omertà a ela — Svetlana quis sorrir ao olhar para Hades. Sim, ela tinha ousado colocar a omertà no casamento, assim como ela, ele iria fazer o voto de silêncio da família. Hades ficou de frente para Svetlana e seus azuis vieram para ela. Sem hesitar ele tirou uma adaga do cós da sua calça e levantou“Alguns deles, excluindo a parte criminosa de suas vidas, podem ser gente muito bacana.”Rudolph Giuliani Hades tinha que mostrar para o seu recém sogro que ninguém iria desrespeitá-lo, foi uma ofensa de grandes proporções não ter ido ao seu casamento. Os italianos eram povos extremamente familiares, não vir nenhum membro da famiglia de Svetlana foi uma mensagem de que não se importava com tal aliança que seu consigliere fora tão persistente. — Sua famiglia, como está? — Hades perguntou para sua recém esposa enquanto a girava pelo salão, dançando. Svetlana o olhou com curiosidade, ele tinha reparado como ela analisava sua interação com seus irmãos, e com todo o ambiente, em nenhum momento sua esposa parou de analisar tudo e todos. — Eu não sei, não falo com eles — Ela esticou seu pescoço olhando tudo por cima dos ombros de Hades. — Eles não terem vindo foi uma desonra com você, esposa — Svetlana olhou seu corpo tensionando levemente. — Eu não me importo. — Ela disse
“Um dos princípios da máfia italiana, é nunca trair a esposa, pois: se você é capaz de trair quem confia em fechar os olhos e dormir ao seu lado, você não é digno de confiança de ninguém"Máfia italiana Na manhã seguinte Hades se levantou da cama sozinho. Rapidamente se sentou procurando sua esposa, a arma debaixo do travesseiro foi pega em segundos e em movimentos ágeis ele estava esticando seus braços deixando a arma na altura dos seus olhos e consequentemente todos os pontos da suas costas apertam a pele. Ele olhou ao redor de seu quarto procurando por alguma ameaça ou inimigo. Não tinha amanhecido ainda para a claridade tomar conta do cômodo. A arma foi travada quando ele reparou em um pequeno corpo feminino enrolado em cobertas no canto da parede ao seu lado esquerdo, não muito longe da cama. O simples clique da trava fez Svetlana abrir os olhos e ela olhou para ele com suas íris escurecidas, ele quase não reconheceu o seu rosto e de como ele ficou com aqueles olhos azuis o
Para todas que amam homens que endeusam suas mulheres Andreia Vitória Hades suspirou ao sair do aeroporto. Tantos anos longe da Sicília para no final acabar no mesmo lugar de anos atrás. Ele não sabia do por que foi convocado mas pretendia descobrir o quanto antes. — Táxi! D'Angelo entrou no automóvel com o motorista a sua frente e lhe informou o endereço, o taxista olhou pelo retrovisor com o semblante claro que estava analisando seu perfil, desconfiado o homem de idade ergueu uma das sobrancelhas com a suspeita da sua pessoa. Suspirando, Hades jogou cem euros no banco do passageiro da frente e sentiu o carro andar pelas ruas da famosa cidade siciliana. Minutos depois ele estava de frente ao portão da grande mansão da famiglia D'Angelos, a nostalgia de boas lembranças esquecidas a tanto tempo veio com força, as raras vezes que ele corria atrás de seus irmãos com algum tipo de brincadeirinha de perseguição. Hades olhou ao redor, agora, notando a quantidade de soldados, fuzil vi
"O homem paciente é o homem que controla. Ele é firme; constante em todas as coisas. Quando pretende acabar com seus inimigos, começa por matar seu próprio ego. Onore. Vendetta. Lealtà." Cosa Nostra Hades entrou no hospital particular com o rosto num semblante gélido, por dentro seu sangue fervia, quem teria a ousadia de tocar em sua irmã? Quem seria tão estúpido o suficiente por violenta-la? Seu tio estava a sua frente conversando com a recepcionista enquanto seus olhos observavam o local, o hospital era muito bem requisitado, sem dúvidas ela estaria recebendo os melhores tratamentos. — Sobrinho — Hades olhou para onde lhe chamaram e seguiu seu tio para um corredor branco adentrando no hospital. Era só questão de tempo para todos estarem lá, seus irmãos também haviam sido convocados pelo seu pai. No corredor da UTI ele viu através da janela de vidro a sua irmã inconsciente. Precisou de todo o seu autocontrole para não arrancá-la daquela maca. Ártemis estava magra e pálida,
“Você consegue muito mais com uma palavra amável e um revolver, do que somente com uma palavra amável sozinha”Al Capone Rússia, Moscou. Svetlana observou Vasiliev na frente do carro preto. Ela andou até ele, saindo da grande propriedade escola de etiqueta, o que era uma fachada já que dentro daquele prédio era uma academia para tornar filhos de chefes famosos em profissionais de matar. — Svetlana — A saudação do homem mais velho foi estranha. A mulher ficou em silêncio esperando o próximo movimento. — Entre. A porta do carro foi aberta e a sensação de estar sendo condenada mais do que ela já era veio como um arrepio na nuca. Não era o tempo frio e gelado do país que a fez sentir os pelos eriçados, o cabelo médio voou pelo vento gelado quando ela se movimentou para entrar no carro. Vasiliev sentou ao seu lado e ele ordenou que o motorista dirigisse. — Alguns meses atrás fiz uma negociação muito bem sucedida — O homem dos cabelos cinzentos a olhou, Svetlana lembrava d
“Esse foi o começo do fim da Cosa Nostra.”Anthony Casso Assim que Hades adentrou na mansão D' Angelo seu tio estava com um homem desconhecido na sala de visita. Os passos longos se tornaram curtos gradualmente até estar a dois metros de distância dos homens. Tinha visitado sua irmã caçula novamente, ele estava decidido a fazer do seu quarto um lugar apto para comportar todas as necessidades dela até melhorar, mesmo que o hospital não apresentava nenhuma ameaça ele nunca poderia saber de onde o seu inimigo estava vindo, poderia simplesmente voltar e terminar o que fez com Ártemis. A gerência de seu pai sempre teve algumas falhas, uma delas a principal era fazer da mansão D'Angelo o complexo da famiglia. Seu pai sempre gostou de esbanjar a riqueza que a famiglia tinha conquistado. — Sobrinho — Assim que Hermes percebeu sua presença ele se levantou junto com o homem ao seu lado. O rosto tenso do estrangeiro não era um bom sinal, Hades só queria voltar para o seu lugar sec
“É melhor viver um dia como um leão do que cem anos como um cordeiro” John Gotti Dois dias depois, Hades estava observando o caixão do seu pai descer para a cova no cemitério privado aos homens de honra da famiglia. — Nem pude vê-lo agonizando — Perseu falou em um tom baixo. O sereno da chuva estava se intensificando e as pessoas — principalmente mulheres dos seus primos — estavam erguendo os guarda-chuvas. A luva que ele nunca tirava coçou seu maxilar olhando para o movimento do caixão sendo colocado no fundo do jazigo pelos coveiros. — Agora vocês estão cientes do que me espera — Hades proferiu murmurando, a terra cobria o caixão mais caro da funerária. — Vendetta — Hefesto proferiu entre dentes. Desde que viu a irmã caçula ele estava levemente alterado, deixando sua raiva transparecer e o seu ódio explícito. — Exato — Nem todos dos irmãos estavam ali, mas a famiglia sentiu o poder dos três que estavam ombro a ombro sem tirar os olhos do caixão, os irmãos de
“Se há uma vontade, há sempre um caminho meu amigo”Richard Kuklinski Hades estava demorando muito tempo com aquilo, finalmente tinha fugido das suas obrigações para ir lá. Ele estacionou o carro na frente do hospital psiquiátrico e suspirou ao se ver sozinho, infelizmente chamar seus irmãos iria dar muito na cara que estaria acontecendo algo antes do casamento acontecer, ele queria que a sua mãe estivesse vendo aquilo. — Em que posso ajudá-lo? — A recepcionista solicita perguntou assim que Hades chegou perto do balcão da recepção. — Quero ver Antonella D'Angelo — Os olhos da mulher se arregalaram em surpresa. — Antonella D'Angelo? — Ela franziu a testa. — Sim, algum problema? — A garota engoliu em seco ao lembrar que os rumores estavam sendo verdadeiros. — Nenhum, qual o seu nome? — Hades D'Angelo — Seus olhos focaram na pulsação do pescoço da moça, quanto mais tempo passava mais ela ficava nervosa, Hades supôs que ela o conhecia, de alguma maneira. — Identifi