Quando Leandra aceita se casar com o magnata Gael Lubianco apenas para salvar a vida da avó, ela não esperava ganhar dois bebês para cuidar e um coração ferido para esconder. Mas em um mundo onde tudo tem um preço, será possível que um contrato resulte em amor verdadeiro? Entre escândalos, noites mal dormidas e choros infantis, um sentimento inesperado nasce… e uma gravidez também.
Leer másA tarde avançava preguiçosa, e os meninos ainda dormiam quando Gael sugeriu irmos até a piscina relaxar. Aceitei, vesti um biquíni e, ao me aproximar, notei o olhar dele percorrendo meu corpo dos pés à cabeça. — Biquíni comportado. — Queria que eu estivesse de fio dental? — Com o corpo que você tem seria… interessante. — Respondeu com um tom sugestivo. — Ridículo. — Essa deve ser uma das suas palavras preferidas.Sentei na borda, ignorando o comentário, deixando os pés brincarem na água. Ele mergulhou e começou a nadar, como se fosse parte da piscina. — Não vai entrar? — perguntou curioso e neguei. — Não sei nadar. — Ué? Mas seu pai tem uma piscina enorme na mansão dele. — Já disse, cresci com minha avó, sem luxos.Ele pareceu lembrar e se desculpou, mas apenas dei de ombros. Enquanto nadava, o corpo atlético se movia com naturalidade, cada músculo trabalhava em harmonia. Meu olhar se perdeu nele, até pousar no lugar proibido. Assim que percebi o que fazia, fechei os olhos te
Os meninos finalmente estavam com as fraldas trocadas e os cabelos penteados de forma que, por alguns minutos, poderiam ser considerados decentes, eles brincavam na cadeirinha. Bruno se mexia tentando escapar dela como se fosse uma bolinha rebelde, enquanto Breno observava o irmão com aquele ar de quem ainda tentava despertar completamente.Estava no meio de limpar o último resquício de fruta quando ouvi a voz de Gael vindo do corredor.— Sabe de uma coisa? Acho que vou desistir de ir à empresa hoje.Me virei rapidamente, franzindo o cenho.— O quê? — perguntei, surpresa. — Você está falando sério?— Absolutamente. — Ele entrou na cozinha, passando a mão pelo cabelo bagunçado e com aquele sorriso travesso que fazia parecer que tinha acabado de aprontar algo impensável. — Hoje o expediente pode esperar. Tem coisas mais importantes para fazer… como passar o dia com vocês.Um sorriso involuntário escapou dos meus lábios. Como resistir àquele charme que ele nem tentava esconder?— Você es
O cheiro de café recém-passado se espalhava pela sala de jantar, misturado ao doce da banana amassada que preparava para os meninos. Bruno já batia as mãozinhas sobre a bandeja da cadeirinha, animado, enquanto Breno resmungava de sono, virando o rostinho como se ainda estivesse em algum sonho.— Vamos lá, amor, só mais uma colherzinha. — murmurava, tentando convencer Bruno a não espalhar metade da fruta pelo cabelo.Enquanto cuidava deles, dava pequenos goles no café, ainda quente. Difícil equilibrar colher na mão direita, xícara na esquerda e manter a atenção redobrada para que nenhum dos dois entrasse em crise ao mesmo tempo, mas com o tempo, parecia estar aprendendo a fazer malabarismos sem tropeçar.Um barulho de passos ecoou pelo corredor e, segundos depois, dona Francisca surgiu, sorridente, ajeitando o avental.— Bom dia, meus queridos. — Olhou primeiro para os gêmeos e depois para mim. — Dormiram bem?Antes que pudesse responder, a voz grave de Gael se intrometeu por trás dela
Ele riu baixo, balançando a cabeça.— Vi sim… e achei que estavam poucos. Pedi para Mariane comprar alguns novos para você.O rosto aqueceu em um instante.— Não precisava.— Precisava, sim. — respondeu com naturalidade.O silêncio denso retornou. Aproximou-se da cama, ajeitou os travesseiros e acrescentou:— Durma do lado esquerdo. Sempre preferi o direito.Assenti, ainda sem jeito.— Tudo bem.Deitei de costas para ele, mas cada músculo do corpo parecia em alerta. A respiração firme e compassada preenchia o quarto. Apesar da cama enorme, a presença dele era impossível de ignorar.Arrisquei virar um pouco o rosto e observei o perfil dele. Os olhos estavam fechados, mas um sorriso discreto curvava seus lábios, como se notasse meu desconforto e se divertisse com isso.Fechei os olhos depressa, fingindo dormir. O coração, no entanto, denunciava cada pensamento escondido. Não sabia em que momento exatamente tinha adormecido, mas quando abri os olhos ainda estava escuro, com apenas um fi
Leandra FélixNa manhã seguinte, o café da manhã foi tomado em um silêncio quase desconfortável. Até os gêmeos estavam calmos demais. Um suspiro de Gael quebrou a quietude.— Preciso te falar uma coisa. — anunciou, pousando a xícara sobre a mesa.Levantei os olhos, atenta ao tom sério.— Meus pais vêm para cá semana que vem. — disse sem rodeios.A colher escorregou levemente do prato. Engoli seco. Não estava preparada para esse momento, mas sabia que cedo ou tarde chegaria. Charlotte Lubianco não parecia o tipo de mulher que ficaria alheia à vida do filho.— Seus pais? — repeti, apenas para ganhar tempo.— Sim. — confirmou, olhando diretamente para mim. — Querem conhecer você.Respirei fundo, tentando controlar a insegurança que começava a corroer por dentro. A imagem que tinha de sua mãe, construída a partir de comentários de antigos funcionários, era variada — mas nenhuma parecia fácil.— Tudo bem. — forcei firmeza na voz. — Só… não sei se vou estar à altura das expectativas dela.G
Gael LubiancoA cada quilômetro percorrido até o apartamento de Paulina, o rosto de Leandra insistia em surgir na mente. Não havia como afastá-la. O olhar que me lançou durante o almoço ainda queimava na memória decepcionado, ferido, silencioso. Não me acusou de nada, mas seus olhos diziam tudo. Um incômodo surdo se espalhava pelo peito, e quanto mais acelerava pelas ruas da cidade, mais parecia fugir de algo que, no fundo, já estava dentro de mim.Ao estacionar diante do prédio de Paulina, respirei fundo, tentando colocar ordem nos próprios pensamentos. Sabia que enfrentar aquela mulher exigia mais do que autocontrole. Paulina sempre foi um furacão: arrastava para direções que eu não queria, e mesmo assim, parte de mim nunca conseguia escapar completamente. Era o veneno e o antídoto ao mesmo tempo.Toquei a campainha. A porta se abriu quase de imediato. Lá estava ela, cumprindo o que havia prometido, apenas lingerie vermelha, ousada, carregada de perfume doce e provocação.— Gaelzinh
Último capítulo