Capítulo 09 

Meu coração acelerou. Instintivamente, dei um passo para trás, colocando-me entre ele e os berços, como se meu corpo fosse a única barreira possível entre a inocência dos meus filhos e a escuridão que vinha dele.

— Gael… você está bêbado. Não é a hora. — minha voz vacilou, mas tentei soar firme.

Ele não parou. Cada passo que dava parecia pesar sobre mim, como se o ar se tornasse denso, sufocante. Quando estiquei a mão para afastá-lo, já era tarde: suas mãos me agarraram pela cintura com força. O gesto não tinha nada de carinho. Era domínio. Uma marca de posse.

— Me solta — pedi, a voz embargada, tentando me desvencilhar.

— Não. — Sua voz era baixa, quase um rosnado. — Você é minha esposa.

Aquela frase me atravessou como um estilhaço. O “minha esposa” não soava como amor, mas como uma sentença.

— Eu não quero fazer isso dessa forma, Gael. — Tentei manter o controle, engolindo o pânico que ameaçava me sufocar. — Não quando você está assim.

Do berço, Breno começou a resmungar, seu chorin
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