Capítulo 10

Gael Lubianco

O motor do carro silenciou quando estacionei em frente à empresa, mas dentro de mim continuava o mesmo ruído incessante. Uma confusão que não me deixava respirar em paz desde a noite passada. O álcool tinha sido forte, mas não o suficiente para apagar completamente. Ficaram rastros pedaços soltos de lembranças, imagens borradas que insistiam em escapar quando eu tentava alcançá-las. Leandra. O olhar dela, frio, duro. O silêncio cortante que havia entre nós.

Mas e o resto? Eu sabia que tinha feito algo idiota, algo que não deveria… mas não conseguia me lembrar ao certo. Esse vazio na memória me deixava ainda mais inquieto.

Saí do carro ajustando o paletó, tentando disfarçar a exaustão e o incômodo. Na empresa, eu não podia me dar ao luxo de parecer perdido. Todos esperavam que eu fosse o Lubianco seguro, que não hesita, que não vacila. Mas, por dentro, eu estava desequilibrado.

O elevador subiu devagar, o som metálico preenchendo o espaço apertado. Passei os dedos pelo c
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