Tae-ho estava encostado na varanda, com os braços cruzados, quando me aproximei.
Eu não esperava por outra provocação, ainda mais agora, com o casamento tão próximo.
Mas bastou ele abrir a boca para eu sentir o veneno escorrendo entre as palavras.
— E se o seu pai morrer, você vai continuar levando essa farsa de casamento adiante? — a pergunta dele veio seca, sem rodeios.
Meus olhos se arregalaram. Aquilo me pegou de surpresa.
— Como é que é?
— Você está se casando com Eun-woo só para salvar o seu pai, e Eun-woo está se casando com você só para cumprir o último pedido do pai dele. Esposa e neto. É tudo um teatro.
Travei a mandíbula e encarei Tae-ho.
O peito começou a doer, mas não de tristeza — de raiva.
— Eu amo o Eun-woo! — declarei, firme, sentindo meu coração acelerar.
Ele sorriu com desdém, como se estivesse esperando exatamente essa resposta.
— Mas ele não te ama. Ele apenas te deseja. É só atração. Sempre foi assim com ele. Mulherengo, sabe? Usa e descarta. Por isso eu acho que