Eu estava feliz.
Mesmo com a saúde do meu pai tão frágil, havia em mim uma alegria silenciosa, constante.
A esperança florescia dentro do meu peito, como uma flor que resiste mesmo em meio à tempestade.
Eun-woo havia prometido cuidar de tudo.
Desde a internação até o último detalhe da cirurgia que meu pai tanto precisava.
Não havia cobrança, nem hesitação em seu olhar quando me garantiu isso.
— Confie em mim, Soo-ah. Ele vai ficar bem — ele dissera, com a voz firme e um leve sorriso nos lábios.
E eu confiava.
Confiava de corpo e alma nesse homem que havia entrado na minha vida como um furacão e, de alguma forma, conseguido reconstruir tudo que o destino havia destruído.
Mas havia um pequeno detalhe: a cirurgia só aconteceria depois do casamento.
Meus irmãos estavam radiantes. Min-jun não parava de falar que queria usar uma gravata borboleta no dia.
Hana desenhava corações com nossos nomes nas folhas do caderno da escola.
E meu pai, mesmo debilitado, sorria como há tempos eu não via.
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