O sol brilhava com força naquela manhã, mas para Soo-ah, a luz parecia quase surreal. Era como se o mundo lá fora estivesse esperando por ela, congelado no tempo, e agora finalmente descongelava aos poucos, devolvendo-lhe o ar, o calor… a liberdade.
Ela deu os primeiros passos para fora do portão do presídio, vestida com roupas simples e o coração disparado. Cada batida era como um eco de tudo que suportara: os dias frios, as noites solitárias, os olhares hostis, a dor, o medo, o aperto no peito de estar longe de quem amava. E, por um momento, hesitou. Aquilo era mesmo real?
Mas então, ela o viu.
Eun-woo.
De pé, no outro lado do portão, os olhos marejados, os ombros tremendo… e um buquê amassado nas mãos. Ele estava lá, como havia prometido. Como sempre esteve, mesmo quando o mundo inteiro parecia querer separá-los.
Soo-ah começou a andar. Depois a correr. E no instante seguinte, ele jogou as flores de lado e correu até ela.
O abraço foi forte, urgente, desesperado. Os dois caíram de