Era pra ser apenas um final de semana tranquilo.
A casa de campo estava cheia de risadas. Soo-ah cortava frutas para a sobremesa, minha mãe brincava com os netos na sala e meu pai assistia ao noticiário, com aquele costume irritante de comentar cada manchete como se fosse analista político. Nosso segundo filho tinha nascido fazia poucos meses. Era bonito, calmo, e seus olhos lembravam tanto os de Soo-ah que eu ficava perdido neles às vezes.
De repente, o som de um carro nos chamou a atenção.
Levantei devagar. Meu coração começou a bater forte, como se tivesse antecipando o que estava por vir. Quando abri a porta, senti o ar me deixar por um segundo.
Era ela.
Tae-ho.
O cabelo estava preso num coque improvisado, os olhos faiscando com a segurança de quem acreditava ter um trunfo nas mãos. Mas o que mais chamou a atenção — e chocou a todos ali — foi o ventre protuberante. Uma barriga de grávida, avançada, impossível de ignorar.
Não me surpreendi.
Eu já esperava isso. Desde a noite em que