O nosso apartamento virou uma pequena creche improvisada, cheia de risos e choros, e mamadeiras, com nossos dois filhos, os dois irmãos de Soo-ah, e a filha de Tae-ho, que era sobrinha de Soo-ah, e virou minha sobrinha também.
Era uma casa cheia — de crianças, de responsabilidades, de amor. Mas acima de tudo, era uma casa onde havia vencido a verdade, e onde a esperança renascia a cada novo dia.
Havíamos contratado duas babás para ajudar Soo-ah a dar conta de tudo. E quando eu estava em casa, também ajudava a cuidar das crianças. Nos tornamos uma equipe, um time incansável em meio à nossa bagunça familiar. Cada choro era acolhido, cada risada celebrada.
Um ano se completou desde a morte do meu pai. Organizamos uma cerimônia íntima na casa de campo, onde ele mais gostava de estar. A saudade ainda era gigante. A casa estava silenciosa naquele fim de tarde frio, e todos os convidados vestiam tons escuros. As crianças, ainda pequenas, não entendiam muito bem o significado daquela reunião,