Os primeiros raios de sol entravam pelas frestas da cortina, mas o quarto ainda parecia mergulhado num limbo entre sonho e realidade. A noite anterior me deixara marcada de um jeito que nenhuma outra havia feito antes. Não era apenas o sexo, ou a intensidade do momento — era a promessa. O pedido. A sensação de pertencimento que crescia entre nós como algo indestrutível.
Acordei com a respiração quente de Mehmet no meu pescoço. Seu braço me envolvia pela cintura, possessivo e protetor. Por um segundo, desejei que o mundo lá fora desaparecesse. Que fôssemos apenas nós dois, naquela cama, entre lençóis amassados e promessas sussurradas.
Mas a realidade tem um jeito cruel de invadir os momentos mais doces.
— Já acordada? — sua voz veio rouca, preguiçosa, os lábios roçando minha pele.
— Acordada e tentando memorizar cada centímetro seu.
Ele riu baixinho. Sua mão deslizou pelas minhas costas nuas, descendo com lentidão calculada até a curva da minha cintura.
— Ontem você aceitou casar comig