O tempo pareceu congelar depois que Mehmet partiu. Cada minuto dentro do carro parecia um século. Eu não conseguia ficar sentada, e muito menos parada. A arma que ele deixou no banco do passageiro me encarava como um lembrete cruel de onde eu estava — e com quem havia me envolvido.
Do lado de fora, Cem falava com alguém pelo rádio. Seu rosto estava tenso, os olhos varrendo a escuridão do beco onde estávamos estacionados. O cheiro de gasolina, metal e medo estava por toda parte.
Meu estômago se revirava. Eu odiava ficar de braços cruzados. Desde o primeiro dia da faculdade de medicina, aprendi a agir. Fazer. Salvar. E agora, só podia esperar.
— Alguma notícia? — perguntei a Cem, tentando manter a voz firme.
— Ainda estão se aproximando do local. Emir está bem escondido. Parece que usou um antigo cassino abandonado como base. Estamos de olho nisso há semanas.
— Mehmet vai entrar lá?
— Claro que vai. Ele lidera na frente. Sempre.
Fechei os olhos por um segundo. Respirei fundo.
— E se for