Ana
Tobias me chamou pra sair depois do expediente, e olha... eu nem pensei duas vezes. Depois de uma semana de café entornado, bronca de Tamar e chão esfregando até a alma, eu merecia um copo gelado e, quem sabe, um pouco de paz mental.
— Só uma cerveja, tá? — avisei, já prevendo que ele ia querer esticar a noite.
— Só uma — ele prometeu, com aquele sorriso de quem já planejava o “só mais uma depois”.
O bar era bem simples, meio escondido numa ruazinha lateral. Música alta, cheiro de batata frita e gente falando alto — tudo o que eu precisava pra desligar o cérebro. Me sentei de frente pra Tobias, e ele começou a falar de umas histórias malucas dos clientes da cafeteria. Eu ria, meio sem forças, mas rindo.
— E a Tamar? — ele perguntou, dando um gole na cerveja. — Ela pegou menos no seu pé hoje ou nada mudou?
— O que você acha? Depois de tanto café queimado, a minha sorte é que ela não tenha me demitido— fiz careta. — Aquela mulher parece ter nascido pra me testar.
Ele riu, e pela pri