Ana
Um mês passou tão rápido que eu quase nem percebi. Foi o tipo de mês em que tudo muda, mas ao mesmo tempo parece que nada está realmente no lugar ainda. Eu e o Lex estávamos… bem. Finalmente bem. A mãe dele parou de aparecer na minha frente como se fosse um fantasma elegante e mal-humorado. O Mark se recuperou, voltou pra fazenda e me mandou uma mensagem educada avisando que ia cuidar da vida dele. E eu? Eu só queria respirar sem sentir que estava equilibrando mil bombas no braço.
Pois bem, eu devia saber que paz na minha vida dura o quê? Cinco minutos?
Só que dessa vez… era bom. Era aquela paz gostosa. Aquela sensação de “caramba, acho que a vida tá mesmo entrando nos trilhos”.
O Lex estava diferente. Mais carinhoso. Mais aberto. Mais presente. A terapia dele tinha começado pra valer e, olha, o homem vinha voltando do consultório com um brilho no olhar que me deixava até emocionada. Ele ria mais. Ele dormia melhor. Ele se permitia sentir sem fingir que não sentia. Era lindo.
E si