Ana
A mulher me encarou como se tivesse acabado de ganhar uma batalha que eu nem sabia que estava lutando. Só que eu não estava pronta pra baixar a cabeça pra ela. Nem ferrando.
Respirei fundo, ajeitei a postura e respondi:
— A senhora não pode escolher quem o Lex ama.
Elena riu daquele jeito amargo, como se eu tivesse contado uma piada trágica.
— Amor? — Ela repetiu, fazendo um gesto com a mão, como se empurrasse a palavra pra longe. — Você realmente acha que sabe alguma coisa sobre o meu filho, menina?
— Eu sei o suficiente pra entender que ele merece escolher a própria vida. — retruquei, firme, sentindo minha voz tremer só um pouco. — E a senhora não pode controlar isso.
Ela inclinou o rosto, como se estivesse analisando uma formiga que ousou desafiar seu salto.
— Ele me deve isso.
Eu franzi a testa.
— Deve… o quê?
Ela apertou os olhos numa mistura de raiva e algo que eu não esperava ver ali: dor.
— Ele me deve isso depois do que fez com a minha filha.
Meu coração bateu tão forte q