Ana O quarto tinha se transformado em um cemitério. Só o barulho do ventilador quebrando o silêncio. E eu ali, sentada na beira da cama, ainda pelada, com o peito doendo de tanta humilhação.Ele saiu. Me deixou no vácuo. Outra vez.Meu orgulho gritava pra eu levantar, botar uma roupa e fingir que nada tinha acontecido. Mas tinha uma coisinha dentro de mim, venenosa, que não deixava.Olhei pro lado. O celular dele jogado na cômoda.O sangue gelou.Não era certo. Não era bonito. Mas eu já tava no fundo do poço mesmo, né? Humilhada, rejeitada e com a cabeça fervendo.—Quer saber? Foda-se.Peguei o celular. A mão tremia, mas o ódio me dava coragem.Senha? Ele nunca usava. Mark sempre foi desligado com isso. Achava que confiança era deixar tudo aberto.Pois pronto. Desbloqueei.Meu coração já batia na garganta.Deslizei o dedo, devagar. Me sentindo suja, errada, mas, ao mesmo tempo, no direito. Afinal… ele tava me escondendo alguma coisa. Eu sentia.E quando abri o aplicativo de mensagens
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