Mundo de ficçãoIniciar sessãoEmma entra para a equipe de líderes de torcida da universidade logo após prometer à irmã, que está em coma devido a um trágico acidente, que realizaria um dos seus maiores sonhos: torcer para o time de hóquei universitário. Mas tudo se complica quando ela conhece Merrick, o carismático e popular capitão do time. Ele desperta sentimentos inesperados nela — até que Emma começa a suspeitar que ele pode ser o namorado de sua irmã. Agora, dividida entre o desejo e o dever… o que Emma vai escolher? Prepare-se para conhecer um casal cheio de intensidade: Merrick, um jogador de hóquei arrogante e apaixonado pelo esporte, e Emma, uma vendedora ousada e apaixonada por carros. Juntos, eles vão incendiar o gelo e a pista da vida com química, segredos e decisões de tirar o fôlego.
Ler mais**Nota da Autora**
Ao longo desta história, você encontrará alguns rostos conhecidos do meu outro livro, Natal com o CEO Cafajeste. Eles aparecem de forma especial, trazendo ainda mais charme e conexão entre os universos. Se você ainda não leu, aproveite para conhecer essa outra trama repleta de romance, intensidade e surpresas — tenho certeza de que você vai se apaixonar também!
Passado...
A loja de carros em Boston, Massachusetts, estava em plena agitação naquela manhã. O brilho intenso das luzes refletia nas latarias polidas, criando pequenos sóis nas curvas perfeitas dos veículos expostos. O cheiro de couro novo e cera automotiva misturava-se ao murmúrio das conversas, enquanto eu me posicionava ao lado de um sedã preto reluzente.
Com um sorriso confiante e gestos firmes, descrevia cada detalhe para o homem diante de mim — um cliente de meia-idade, de terno impecável, mas com a expressão de quem ainda estava preso à dúvida.
— Este modelo não é apenas um carro — comecei, com a entonação treinada para soar persuasiva, mas natural. — É uma experiência. Imagine-se em uma estrada aberta, num fim de semana ensolarado. O couro macio abraçando seu corpo, enquanto o sistema de som transforma cada quilômetro em uma trilha inesquecível.
Ele cruzou os braços, estudando minhas palavras com atenção.
— Conforto é importante, claro... mas e o consumo? — perguntou, franzindo a testa. — Não quero gastar mais na bomba do que no carro.
Mantive o sorriso, pronta para revidar.
— Excelente ponto, senhor. Este sedã faz até quinze quilômetros por litro na cidade, e chega a vinte na estrada. Além disso, o motor híbrido garante ainda mais economia no longo prazo. — Inclinei levemente a cabeça, dando ênfase. — Pense nisso como um investimento. Inteligente para o seu bolso e sustentável para o planeta.
Enquanto falava, percebi a figura do meu chefe a poucos metros de distância. Ele observava em silêncio, braços cruzados, olhos atentos. A presença dele fez com que minha postura se endireitasse ainda mais, e minha voz ganhasse firmeza.
O cliente arqueou uma sobrancelha.
— Então você está me dizendo que esse carro... praticamente se paga sozinho?
— Exatamente — respondi sem hesitar. — E, se fecharmos hoje, consigo garantir uma taxa de financiamento exclusiva, com parcelas que cabem no seu orçamento. Não se trata apenas de comprar um carro... mas o carro certo, nas condições perfeitas.
O brilho de interesse surgiu nos olhos dele, embora a cautela permanecesse.
— Isso é tentador... mas e a garantia? — retrucou. — Já tive problemas sérios no passado.
Dei um passo à frente, suavizando o tom da voz.
— Compreensível. É por isso que oferecemos cinco anos de garantia ou cem mil milhas, com assistência 24 horas. Nossa prioridade é a sua tranquilidade depois que sair daqui.
Meu chefe fez um discreto aceno de aprovação, mas não disse nada. Eu sabia que aquela era minha chance de conduzir a venda até o fim.
Houve um silêncio breve, denso. Então o cliente soltou um suspiro, seguido de um sorriso quase resignado.
— Você sabe mesmo como vender um carro, hein? Certo... vamos fechar.
A satisfação aqueceu meu peito. Estendi a mão, firme.
— Excelente escolha. Vou providenciar tudo para que o senhor saia daqui ainda hoje, dirigindo o carro perfeito.
Enquanto me afastava para iniciar a papelada, captei de relance o sorriso discreto do meu chefe. Ele se aproximou, falando baixo, quase em confidência:
— Se alguém ainda tinha dúvidas de que você é a melhor... acabou de provar o contrário.
Dei um leve aceno, contendo o orgulho que queria transbordar.
— Depois que terminar a papelada — continuou ele —, passe no meu escritório. Temos algo importante para conversar.
— Claro. — respondi, já sentindo um frio na barriga que não tinha nada a ver com a venda recém-concluída.
Quando terminei a papelada, o peso da caneta ainda parecia vibrar nas minhas mãos. Entreguei os documentos ao cliente com o mesmo sorriso profissional de sempre e, por cima do barulho da loja, dirigi-me ao escritório do Sr. Wilson. O corredor cheirava a café frio e verniz, e a luz do fim de tarde espiava pelas persianas — tornando o ar mais denso, quase elétrico.
Bati na porta e ouvi a voz dele, firme e contida:
— Entre.
O Sr. Wilson era o tipo de homem cuja calma parecia arquitetada: uma expressão serena que escondia uma precisão afiada nos negócios. Estava sentado atrás da mesa, os óculos apoiados no rosto enquanto folheava alguns papéis. Ao erguer o olhar, fez um gesto para que eu me sentasse na cadeira que rangeu levemente.
— Fez um bom trabalho naquela venda — ele disse, direto. — Mas não te chamei aqui só por isso.
Sentei-me cautelosamente, antecipando algo além do elogio rotineiro.
— Quero te perguntar uma coisa. Por que você não entrou na universidade?
A pergunta me pegou desprevenida. Arqueei a sobrancelha, surpresa pela mudança repentina de assunto.
— Pode parecer besteira, eu sei — respondi com um sorriso meio nervoso —, mas a universidade nunca foi uma opção para mim. Gosto do que faço aqui. Aprendo na prática, vendo resultados. Vender carro é o meu trabalho, e eu sou boa nisso.
Ele ouviu com atenção, as mãos entrelaçadas sobre a mesa.
— Entendo — disse ele, devagar.
— Minha irmã, Lily, começou a faculdade mês passado. É o tipo de coisa que combina com ela: livros, pesquisa, rotina. Eu, por outro lado, sou prática. Gosto de estar na linha de frente: conhecer clientes, entender o mercado. Eu cresci aqui.
Ele sorriu, como se chegasse a uma conclusão que já vinha alimentando há algum tempo.
— Deixa eu ser direto: você é minha melhor vendedora. Em décadas, nunca vi alguém com a sua desenvoltura — e você só tem dezenove anos. Meu filho não quer o negócio da família. Fico pensando no futuro da loja... e quero propor algo importante.
Meu coração acelerou sem que eu percebesse. As palavras dele rodavam na minha cabeça antes mesmo de completar a frase.
— O que o senhor quer dizer? — perguntei, a voz baixa.
— Quero te convidar para ser minha sócia — afirmou ele. — Dividir responsabilidades, decisões. Você conhece este lugar como ninguém; tem visão, tem jeito com o cliente. Idade não me interessa quando há talento. E talento você tem de sobra.
Por um instante fiquei muda. A sala encolheu e expandiu ao mesmo tempo: o chão parecia firme demais para todo o turbilhão dentro de mim.
— S-sócia?
PONTO DE VISTA DE EMMADois anos depois...O estúdio estava iluminado com tons vibrantes, os núcleos de The Ice Storm piscando na tela ao fundo. A coletiva esportiva mais assistida do país estava ao vivo, e sentado no centro da bancada estava ele: Merrick Wilde. Eu estava na plateia, observando tudo com orgulho. Dois anos se passaram desde que Merrick e eu decidimos dividir um apartamento. Dois anos de desafios, um novo time, viagens e crescimento. E agora, ele estava ali, sendo reconhecido por seu talento e determinação.— Boa noite a todos! Estamos ao vivo com um dos nomes mais quentes do profissional promissor, Merrick Wilde, que junto com seu time, os The Ice Storm acaba de garantir uma vaga na liga principal! Wilde , como está se sentindo após essa conquista incrível?— É um sentimento indescritível. Foram anos de trabalho duro, de derrotas difíceis e vitórias inesquecíveis. Mas saber que consegui chegar até aqui… é surreal. Estou muito orgulhoso do meu time.— E falando nisso, s
— Alex, você é o melhor!Ele era um dos defensores do time, e pelo olhar brilhante de Mia, percebi que havia algo a mais entre eles. Ela estava apaixonada, talvez? Eu me aproximei e me joguei no banco ao lado dela e de Dominic, que estava observando tudo com os braços cruzados e uma expressão indiferente.Em seguida, a partida começou com uma explosão de energia. Os patins cortaram o gelo enquanto os jogadores dos dois times se enfrentavam com intensidade. Merrick e seus companheiros dos Blade Runners estavam determinados a vencer, mas a equipe adversária, os Iron Hawks, não pretendia facilitar as coisas.Nos primeiros minutos, os Iron Hawks dominaram o disco, comandando a defesa dos Blade Runners. Merrick, que era o atacante, fez defesas incríveis, mas logo o adversário conseguiu marcar o primeiro gol. A torcida dos Iron Hawks explodiu em comemoração, enquanto a arquibancada dos Blade Runners mantinha-se apreensiva.Dominic ao meu lado sussurrou baixinho. — Eles precisam virar isso l
Congelei por um segundo. O nome “Leila” era um lembrete da mãe que eu tentava esquecer, alguém que causou uma cicatriz profunda em mim e em Dominic. Eu respirei fundo e fechei os olhos por um instante antes de responder.— O que ela quer?Luther deu de ombros. — Não sei. Só disse que precisa falar com você antes do jogo.Eu hesitei. A última vez que vi minha mãe tinha sido semanas atrás no hospital, e não foi uma boa conversa. Mas ignorá-la não resolveria nada. Levantei-me, ajustei a camisa do uniforme e esperei minha mãe de pé. Assim que a vi, senti o velho nó se formando em minha garganta.Minha mãe parecia deslocada ali, usando o uniforme do time, os cabelos loiros caídos sobre os ombros. Ela sempre foi uma mulher bonita, jovem demais para ter filhos da minha idade e de Dominic. E, ainda assim, ali estava ela, carregando o peso de anos de abandono.— Ei, Merrick.— O que você quer, mãe?Ela soltou um suspiro profundo, enquanto suas mãos inquietas se entrelaçavam nervosamente. — Eu
PONTO DE VISTA DE MERRICKDominic se jogou no sofá da sala, apoiando os braços no encosto enquanto olhava ao redor. O sorriso nos lábios denunciava o desejo de estar finalmente em casa, longe da clínica onde passou um tempo. Eu, do outro lado da sala, o observava atentamente, ainda me acostumando a ver o irmão tão sereno e tão... mudado.— Cara, nem acredito que estou de volta. Foi um inferno ficar preso na clínica. Eu só conseguia pensar se Lily estava bem. — Dominic soltou um suspiro e passou a mão pelos cabelos.— Pelo menos, agora você está melhor. E eu sei que Lily tem muito a ver com isso. — Eu cruzei os braços, analisando meu irmão.— É, ela tem. — Ele ficou sério. — Mas... ela está se afastando, Merrick. Entendo que o foco dela é a fisioterapia e a reabilitação, mas... sinto que ela está me evitando, mesmo.— Ela acabou de acordar, Dom. E o que aconteceu com a perna dela é um golpe duro.Dominic assentiu, a culpa pesando em seus ombros. — Eu sei. E a culpa é minha. Se eu não t
Eu soltei um suspiro, a preocupação retornando. — Eu só... eu não sei como ajudá-la a partir de agora. Eu não sei o que fazer com ela, com o futuro dela.Merrick soltou minhas mãos e colocou as dele suavemente em meus ombros. Ele me olhou com uma intensidade que sempre me desarmava.— Você já está fazendo tudo, Emma. Ajudando o seu pai, garantindo que o tratamento dela esteja em dia. Mas a única coisa que realmente pode curar a Lily, agora, é o amor. O amor do seu pai, o seu... e, sim, o do Dom.Ele estava certo. A força emocional de Lily era a chave para a reabilitação física.— E falando em coisas importantes... — Merrick mudou o tom, um sorriso malicioso surgindo. — Você vai ao meu jogo no sábado?Minha mente estava cheia de Lily, mas a pergunta dele era um convite para o futuro, para algo que pertencia apenas a nós dois.— Vou. — Eu disse, sentindo meu próprio sorriso surgir, prometendo a ele o meu apoio. — Eu estarei lá.Merrick sorriu abertamente, a tensão anterior totalmente di
PONTO DE VISTA DE MERRICKEu a trouxe para o meu apartamento de luxo, longe da agitação do hospital e do caos do campus. Não a levei para a loja, nem para o dormitório de Mia. Trouxe-a para meu lugar sagrado.O apartamento era espaçoso, com janelas do chão ao teto que ofereciam uma vista panorâmica da cidade. A decoração era minimalista e moderna—tons neutros de cinza, preto e vidro—mas a iluminação quente e suave o tornava acolhedor. Minha cama era um refúgio: king size, coberta por lençóis de linho macios e um edredom pesado, o único luxo real que eu permitia a mim mesmo.Emma estava deitada ali agora, vestindo uma das minhas camisas de hoquei que lhe caía como um vestido. Seus olhos estavam inchados e ela ainda fungava ocasionalmente, mas o sono finalmente a tinha vencido. Eu estava sentado ao lado dela, acariciando levemente seus cabelos escuros e sedosos, observando a dor se suavizar em seu rosto.Eu tinha um quarto no campus, mas aquele apartamento era meu verdadeiro lar. Nem me
Último capítulo