Mundo de ficçãoIniciar sessãoAntonella sempre tratou a sobrinha com todo o amor do mundo, especialmente depois que sua irmã morreu. Mas a garota tem um problema de saúde grave que requer medições e uma cirurgia para a qual ela não tem dinheiro para pagar. Antonella então se envolve com o mundo das acompanhantes de luxo, mas logo no seu primeiro trabalho conhece Matt, o herdeiro bilionário de uma empresa de joias de luxo. Tocado pela história de Ella, Matt faz uma proposta: pagará por todos os custos da operação da Sophia e ainda dobrará o dinheiro. Mas em troca, Ella deverá fingir ser sua namorada por seis meses, a fim de impressionar seu pai e clientes. O que eles não poderiam imaginar é que a linha entre o fingimento e a realidade era tênue demais e que um amor verdadeiro poderia acabar surgindo entre duas pessoas de mundos completamente diferentes.
Ler mais- Abre os olhos, Ella.- Por favor, Matt, só mais um pouquinho – insisto.- Olha para mim.Finalmente abro os olhos e o encaro, me perdendo nos seus olhos azuis da mesma forma como tinha acontecido da primeira vez em que nos vimos. Eu ainda era tão apaixonada por aquele homem. Talvez ainda mais e mais a cada dia.- É que às vezes, eu acho que tudo é perfeito demais para ser real. E eu não quero acordar.- Posso te beliscar para provar que não é um sonho... – ele desce a mão da minha cintura e aperta minha bunda.- Matt! – Brigo, dando um tapinha em seu ombro.- Ninguém está vendo! – Ele ri.E ninguém estava mesmo, nós é quem estávamos vendo todos, observando o animado salão principal da nossa casa em Londres do topo das escadarias de mármore.- Quando você imaginaria que nos
~MATT~- Eu ainda não acredito que você vai embora – Lilly choraminga.Minha família tinha feito um jantar de despedida na noite anterior, cheio dos seus altos e baixos, é claro. Muito bate-boca, poucos abraços e algumas lágrimas. Mas Lilly tinha insistido para me acompanhar até o aeroporto hoje.- Não faz drama, irmãzinha. A princípio serão apenas seis meses.- A princípio – ela revira os olhos, enquanto frisa as palavras. – Sem contar que seis meses é muito tempo, vou morrer de saudades.- Você sabe que pode pegar um avião para Londres a qualquer hora, não é? – Digo, puxando-a para um abraço.- Eu sei... Mas eu gostava de saber que você estava por perto. Sabe que é meu preferido, não é?- É claro que eu sei... – rio, enquanto ela se a
Quase três meses. Eu estava na fase em que a dor parecia estar aliviando, por mais que eu ainda chorasse escondida no travesseiro algumas noites, mas a saudade só parecia aumentar. Me pegava pensando em Matt ainda com mais frequência e vez ou outra dava uma espiada em suas redes sociais. Não que ele atualizasse. Então, eu espiava as redes sociais da loja. E apesar disso me deixar informada sobre o sucesso que a coleção de Matt estava fazendo, não tinha quase nada sobre ele lá.Às vezes eu também me pegava olhando através da vitrine do spa por longos minutos enquanto devaneava. Eu desejava, tanto quanto não desejava, que ele passasse por ali e eu pudesse ao menos vê-lo de longe. Mas, obviamente, Matt não trabalhava diretamente na loja e nas raras ocasiões em que devia ter que ir lá, provavelmente evitava passar aqui em frente.Eu vinha conversando bastante
- Essa cidade tem uma média de três shoppings por habitante... – reviro os olhos. – Sério que ele tinha que abrir a primeira loja dele justo aqui no Midtown Mall?Confesso que eu me sentia um tanto quanto idiota escondida atrás de um quiosque fechado enquanto observava o movimento do coquetel de inauguração da Ella através da vitrine. E me sentia ainda mais idiota em chamar uma loja de “Ella”. Será que era assim que Matt se sentia quando as pessoas usavam “Lennox” para se referir a joalheria? Bom, provavelmente ele se acostumou em algum ponto. Eu não.- É o melhor shopping da cidade... – Bianca dá de ombros. – É perto da casa dele – ela começou a enumerar. – Tem uma Lennox bem de frente...- Tá, já entendi... – a interrompo.- O que eu não entendi, é o que estamos f
Dois meses. Dois meses desde que Matt e eu terminamos e eu ainda pensava nele frequentemente todos os dias, por mais que eu estivesse sabendo disfarçar muito melhor. Ou, ao menos, assim eu esperava. Cuidar de Sophie no pós-operatório e o spa tomavam bastante do meu tempo, o que era uma coisa excelente para tentar manter a mente ocupada.Sophia estava tendo uma recuperação excelente, por mais que ela reclamasse de precisar ficar muito tempo quietinha o tempo todo. Ela assistia as aulas pelo notebook e eu estava sempre presente para auxiliá-la. Depois normalmente a gente fazia alguma coisa para se divertir como assistir a um filme ou a um desenho.Na parte da tarde eu sempre ia para o spa. Eu precisava admitir que Bianca estava me surpreendendo ao tomar a frente em qualquer situação necessária e apenas me passava os relatórios, me poupando de qualquer estresse. Então, basicamente, eu gastava poucas horas do meu dia por lá, apenas conferindo tudo.- A propósito, aquele carinha bonitinho,
~ELLA~- A cirurgia foi um sucesso!Eu caio em um choro copioso quando ouço as palavras do médico de Sophie, vindo nos avisar na sala de espera. Não que eu tivesse feito alguma coisa nas últimas horas além de chorar e andar de um lado para o outro dentro daquela sala, mas, dessa vez, o choro era um sinal gigantesco de alívio.Alívio de pensar que tudo, absolutamente tudo pelo que Sophia passara desde que nascera tinha terminado. Tudo bem, ela ainda precisaria passar pelo processo de recuperação, mas essa, com certeza, seria a parte mais fácil. Em breve, nós estaríamos livre dos remédios, das dores, das limitações... Em breve ela poderia fazer tudo o que uma criança saudável da sua idade fazia.E naquele instante, mais do que nunca, eu tenho certeza de que tudo o que fiz por ela valeu absurdamente a pena.- O efeito da
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