ENTREGUE AO DOM

ENTREGUE AO DOMPT

Romance
Última actualización: 2025-11-25
Tônia Fernandes   Recién actualizado
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Resumen
Índice

MR. DOM — Sinopse (Versão Ajustada com PAI, não padrasto) Opal Dornel sempre acreditou que a simplicidade era a essência da vida. Aos dezenove anos, sua rotina é marcada pelo trabalho numa loja de artigos para bebês e pelas dívidas acumuladas após a morte de sua mãe. A mulher que deveria ter testemunhado a filha entrar na universidade — para a qual dedicou cada centavo durante anos — foi vencida pela depressão, após descobrir que o marido havia desperdiçado todo o dinheiro destinado aos estudos de Opal em jogos. Com isso, Opal não apenas perdeu o sonho da faculdade, como também perdeu a mãe — e ficou à mercê de um pai que se afunda cada vez mais em dívidas. Quando as cobranças ameaçam sua casa, sua dignidade e seu futuro, Mattia, seu pai, toma a decisão mais cruel que um homem pode tomar: entrega a própria filha como pagamento ao dono do cassino onde deve uma fortuna. Atticus Hunters Sttorn, o homem mais temido da cidade, é um bilionário que controla hotéis e clubes noturnos exclusivos, conhecido apenas em círculos restritos como Mr. Dom. Ele é um homem que não sorri. Não hesita. Não perdoa. Atticus vive em um mundo onde controle é imperativo e disciplina, sua regra máxima. Ele evita envolvimentos, não cria laços e se recusa a sentir. Sua vida oscila entre o esplendor dos seus negócios e as sombras de uma mente complexa, que poucos compreendem e ninguém ousaria questionar. Ao ouvir a proposta de Mattia — que oferece sua própria filha como forma de quitar a dívida MR. DOM é uma história sobre escolhas impossíveis, paixões proibidas e dois mundos que jamais deveriam se cruzar… mas se chocam com a força de um impacto inevitável.

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Capítulo 1

####PRÓLOGO

OPAL

Ao girar a chave na fechadura, Opal já antecipava o que esperava.

— O forte cheiro de álcool barato misturado ao fumo envelhecido prenunciava o silêncio ensurdecedor de mais um dia jogado fora.

— Entrou devagar, segurando a bolsa contra o peito, com os ombros curvados após um longo turno na loja de bebês.

— Suas pernas estavam fatigadas, os olhos ardendo e a alma… bem, a alma se sentia esgotada de uma forma que nenhuma jovem de dezenove anos deveria experimentar.

— Pai? — chamou em um sussurro, consciente de que a resposta não seria boa. Ao olhar para o sofá, encontrou Mattia afundado nas almofadas, com a cabeça inclinada para trás. Garrafas estavam espalhadas: uma caída em um canto e outra, pela metade, equilibrando-se no chão. Seu peito subia e descia em respirações pesadas e descompassadas. Opal deixou a bolsa de lado e caminhou até ele.

— Papai… — tocou seu ombro levemente. — Pai, acorda. Você não foi trabalhar hoje?

Ele abriu os olhos com dificuldade, como se emergisse de um sono profundo, encarando-a de forma confusa e sem qualquer indício de vergonha.

— Ninguém… quer me dar emprego… — murmurou, a voz embargada.

Opal engoliu em seco, prendendo a respiração.

— Como o senhor pretende trabalhar se chega assim em casa? — ironizou, segurando a garrafa e balançando-a lentamente. — Se está bêbado todos os dias?

Mattia esfregou o rosto, tentando afastar a realidade.

— E-eu… estou devendo, Opal — balbuciou. — Devendo uma fortuna, se não pagar, serei preso.

O coração dela parou por um instante.

— Como assim, uma fortuna? — a voz saiu fraca. — Do quê? Para quem?

Ele inspirou fundo, com os olhos avermelhados e mãos trêmulas.

— Para o dono do cassino.

As pernas de Opal fraquejaram.

— Cassino? Pai… o senhor prometeu que tinha parado…

O olhar de Mattia se encheu de desespero.

— Eu preciso pagar ele em menos de uma semana — disse, a voz trêmula. — Se eu não pagar… serei um homem morto.

Opal levou as mãos à boca, sentindo seu estômago revirar. Não era uma ameaça vazia. Era a cruel realidade.

— O que o senhor fez? — sussurrou. — O que o senhor fez, papai?

Mattia abaixou a cabeça e falou baixo, como se confessasse um erro grave.

— Eu… eu falei com ele. Pro… pro senhor Sttorn.

O nome caiu sobre ela como um golpe. Atticus Hunters Sttorn. Algo que ela já havia ouvido, assim como toda a cidade.

— O senhor… falou com ele? — a voz dela saiu quebrada. — Com o dono daquele cassino? Com… aquele homem?

Ele assentiu, incapaz de olhar nos olhos dela.

— Eu disse pra ele que você… você pode trabalhar pra ele.

Silêncio. Um silêncio que parecia retirar o ar de seus pulmões.

— Eu marquei… a entrevista. Amanhã. — Ele empurrou um papel em sua direção. — No hotel. No escritório dele. Eu… eu já acertei tudo.

Opal pegou o papel com a mão trêmula.

— Trabalhar no quê? — perguntou, a voz quase inaudível. — No quê, papai?

O pai engoliu em seco.

— Durante cinco anos… você vai trabalhar pra ele — murmurou. — Você pode continuar na loja de dia. E à noite… trabalha pra ele.

Ela compreendeu, como um golpe baixo. O mundo parecia girar ao seu redor.

— CEM MIL DÓLARES? — a voz dela explodiu involuntariamente. — Papai… como o senhor pôde? Como o senhor perdeu tudo isso?

Ele começou a choramingar, como sempre fazia quando estava sendo confrontado.

— Eu tentei ganhar de volta… eu tentei…

— O senhor sempre tenta ganhar de volta — ela o interrompeu, sufocando um soluço. — E quem paga o preço sou eu!

Mattia cobriu o rosto com as mãos, as lágrimas escorrendo entre os dedos como se quisessem escapar da angústia que o consumia.

— Se você não fizer isso… eles vão me matar, Opal…

Ela sentiu a alma se despedaçar.

— O senhor matou a mamãe de desgosto — afirmou, enquanto lágrimas escorriam por seu rosto, misturando-se à dor. — E agora o senhor vai me matar também.

Ele tentou tocá-la, mas ela recuou, dominada por suas emoções avassaladoras.

— Você está exagerando…

— EU? — Ela gesticulou em direção à garrafa ainda no chão, e a cena ao seu redor se desdobrava em desespero. — O senhor me vendeu, papai. Vendeu a própria filha, como se eu fosse apenas mais uma peça no tabuleiro do seu jogo.

O silêncio que se seguiu foi o mais cruel que ela já havia experimentado. A pressa dos batimentos de seu coração misturava-se com a incredulidade a cada segundo que passava. Opal respirou fundo, fazendo o possível para se manter firme em meio ao tormento que sentia.

— Tudo bem — disse finalmente, a voz firme e decidida, como se uma nova determinação tivesse surgido do fundo de sua dor. — Eu vou nessa entrevista amanhã.

Os olhos dele brilharam de um alívio egoísta, um homem mesquinho. Mas ela continuou, com uma frieza que nunca havia demonstrado antes, como se um novo lado dela tivesse nascido naquele momento.

— Mas as coisas não vão ser como o senhor espera. Eu não sou a mamãe , que achou que o amor dela te salvaria, não sei o tipo de trabalho que o senhor arranjou para mim.

— Mas o meu corpo não está à venda, nem minha dignidade. E o senhor sabe disso, se foi esse tipo de trabalho que arrumou para mim, eu não tenho um pai, tenho um monstro.

Ela virou as costas, secando as lágrimas, cada gota uma promessa de não se deixar levar pelo desespero.

— A dívida é sua, pai, não minha, então o senhor vai dar jeito de ajudar a pagar, porque eu não vou sangrar por seus vícios sozinha, já perdi minha mãe por sua causa.

E, pela primeira vez na vida, Mattia não teve resposta.

A entrevista com Atticus Sttorn

Opal passou o dia na loja tentando fingir normalidade.

Dobrou body cor-de-rosa, embalou caixas de chupetas, atendeu mães exaustas que sorriam mesmo com o mundo nos ombros.

Tudo era rotina… mas nada estava igual.

A cada minuto, o relógio na parede parecia mais alto.

Às cinco da tarde, quando desligou o caixa e guardou o uniforme, o coração já batia no ritmo do medo.

No banheiro da loja, ela vestiu a melhor roupa que tinha:

uma saia azul-marinho simples,

uma blusa branca lisa,

um par de sapatos gastos mais limpos.

Prendeu o cabelo com cuidado.

Passou o perfume baratinho que a mãe adorava.

E olhou seu próprio reflexo, tentando convencer a si mesma de que conseguiria.

— É só uma entrevista — murmurou. — Você precisa disso.

Mas nem ela acreditou.

O edifício Sttorn dominava o centro da cidade como um gigante de vidro e aço. Opal precisou respirar fundo antes de entrar. Dentro, tudo era impecável: mármore, silêncio e pessoas que pareciam se mover com um propósito que ela não entendia.

Aproximou-se da recepção, apertando a pasta com seu currículo.

— Boa tarde… o senhor Matias está me esperando. — A voz saiu baixa. — Eu tenho uma entrevista de trabalho.

A recepcionista sorriu profissionalmente, pediu o nome dela e digitou algo no sistema.

— Aguardem um momento… — Ela pegou um telefone interno. — Senhor Sttorn? Sua nova candidata chegou em Silêncio.

Depois: — Pode subir.

A recepcionista entregou um crachá.

— 55º andar, Sala do presidente, pode ir.

Presidente.

O estômago dela revirou.

No 55º andar, uma secretária elegante e séria bateu na porta de vidro fosco.

— Senhor Sttorn, a candidata chegou.

— Mande entrar — veio a resposta, grave e firme.

A porta se abriu.

Essa foi a primeira vez que Opal viu Atticus Hunters Sttorn.

Um homem enorme, de terno escuro, impecável, sentado atrás de uma mesa gigantesca.

Os olhos castanhos avelã levantaram devagar para ela.

E, por um instante, ela sentiu que não conseguia respirar.

Ele não parecia real,— parecia perigoso, lindo e letal.

Opal aproximou-se com passos curtos.

— Boa tarde, senhor… — Ela estendeu o currículo com as mãos trêmulas. — Meu pai disse que eu tinha uma entrevista de trabalho com o senhor.

Atticus franziu o cenho.

Uma entrevista de trabalho?

Aquilo já mostrava que Mattia era um mentiroso completo.

Ele olhou Opal melhor, dezenove anos, rosto jovem, expressão inocente, uma menina linda.

Mas ela era apenas uma menina.

E Mattia oferecerá a filha dele como pagamento?

Como se fosse uma mulher experiente?

Como se fosse… qualquer coisa?

Filho da puta, Atticus pensou.

Mas não disse nada.

— Sim — respondeu seco. — Sente-se.

Ela sentou na beira da cadeira, arrumando a saia para baixo com discrição.

— Ele disse que eu vou ter que trabalhar para o senhor por cinco anos, para pagar as dívidas dele no seu… clube. — Ela hesitou. — Mas eu não sei que tipo de trabalho é. É recepcionista? Se for, eu já trabalho como recepcionista na loja de bebês.

Atticus manteve o rosto completamente impassível.

— Continue.

— Se for para servir bebidas, eu nunca fiz isso, senhor… — Ela apertou as mãos. — Mas eu posso aprender.

Ele inspirou fundo, contendo a irritação que crescia a cada palavra.

Esse desgraçado jogou a filha dele no covil dos lobos. Essa garota não tem ideia de onde está se metendo. Não tem ideia do que o pai prometeu. Não tem ideia que ele a vendeu como se fosse um objeto.

Atticus pegou o currículo e o analisou com mais calma.

— Vejo aqui que você tem dezenove anos — disse. — E trabalha desde os dezessete nessa loja.

— Sim, senhor.

— Não estuda? Não faz faculdade?

Ela engoliu seco.

— Não, senhor, minha mãe morreu… e o dinheiro que ela juntou para pagar meus estudos… desapareceu. — O olhar dela vacilou. — Nos duas estávamos juntando, eu também ajudava, mas quando ela morreu… não tinha mais nada na conta, não tenho condições.

— A única experiência que eu tenho é como vendedora, se o senhor quiser pedir referências, pode pedir.

— E por que quer saber que tipo de trabalho vai fazer? — perguntou ele.

— Porque eu preciso saber se vou conseguir cumprir. — Ela respirou fundo. — Eu sei que trabalhando com o senhor… eu não vou ganhar nada. Vou só pagar a dívida do meu pai. Então… preciso saber se vou conseguir sair da loja e vir direto para cá. Eu nunca trabalhei em clube… não sei como funciona. Mas eu… vou tentar.

Atticus fechou os olhos por um instante.

Era muito.

Muito mais do que ele esperava.

Mattia não só deve cem mil dólares, como também tentou empurrar a filha para a boca do lobo — sem sequer explicar à menina a natureza real da dívida ou do lugar.

Ele abriu os olhos.

— Quanto você ganha na loja?

— Dois mil e quinhentos dólares, quando as comissões são boas.

Atticus assentiu devagar.

Então guardou o currículo.

— Opal, é o seguinte. — A voz dele desceu, mais firme. — Vá para casa hoje.

Ela arregalou os olhos.

— Então o senhor… não quer que eu trabalhe?

— Não foi isso que eu disse. — Ele apoiou os braços na mesa. — Amanhã minha secretária vai ligar para você explicando qual função você vai exercer.

Mas — e o tom dele ficou mais frio — quero que peça ao seu pai para vir aqui amanhã.

Eu preciso acertar pessoalmente os detalhes da dívida com o responsável.

Não com a pessoa que ele está tentando colocar no lugar.

Os ombros dela caíram.

Ela entendeu tudo nas entrelinhas.

— Sim, senhor. — A voz saiu baixa. — Eu aviso.

Ela se levantou.

— Pode ir — ele completou. — Vamos resolver isso amanhã.

Opal fez um aceno tímido e saiu da sala.

Quando a porta fechou atrás dela, Atticus ficou sozinho.

E murmurou, com raiva contida:

— Mattia… você vai me pagar por isso.

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