Mundo ficciónIniciar sesiónMR. DOM — Sinopse (Versão Ajustada com PAI, não padrasto) Opal Dornel sempre acreditou que a simplicidade era a essência da vida. Aos dezenove anos, sua rotina é marcada pelo trabalho numa loja de artigos para bebês e pelas dívidas acumuladas após a morte de sua mãe. A mulher que deveria ter testemunhado a filha entrar na universidade — para a qual dedicou cada centavo durante anos — foi vencida pela depressão, após descobrir que o marido havia desperdiçado todo o dinheiro destinado aos estudos de Opal em jogos. Com isso, Opal não apenas perdeu o sonho da faculdade, como também perdeu a mãe — e ficou à mercê de um pai que se afunda cada vez mais em dívidas. Quando as cobranças ameaçam sua casa, sua dignidade e seu futuro, Mattia, seu pai, toma a decisão mais cruel que um homem pode tomar: entrega a própria filha como pagamento ao dono do cassino onde deve uma fortuna. Atticus Hunters Sttorn, o homem mais temido da cidade, é um bilionário que controla hotéis e clubes noturnos exclusivos, conhecido apenas em círculos restritos como Mr. Dom. Ele é um homem que não sorri. Não hesita. Não perdoa. Atticus vive em um mundo onde controle é imperativo e disciplina, sua regra máxima. Ele evita envolvimentos, não cria laços e se recusa a sentir. Sua vida oscila entre o esplendor dos seus negócios e as sombras de uma mente complexa, que poucos compreendem e ninguém ousaria questionar. Ao ouvir a proposta de Mattia — que oferece sua própria filha como forma de quitar a dívida MR. DOM é uma história sobre escolhas impossíveis, paixões proibidas e dois mundos que jamais deveriam se cruzar… mas se chocam com a força de um impacto inevitável.
Leer másA ÚLTIMA CARTA do motorista abriu a porta traseira do carro preto e silencioso, um veículo que parecia mais um caixão funerário do que uma simples máquina de transporte. Opal entrou devagar, segurando a bolsa contra o peito como se fosse um escudo ineficaz, um símbolo de proteção que agora lhe oferecia apenas uma segurança ilusória. O carro partiu e ela começou a chorar, incapaz de conter as lágrimas que escorriam pelo seu rosto. Não era um choro discreto — era o lamento de alguém cuja esperança havia sido arrasada com a brutalidade de uma tempestade. As lágrimas continuavam a escorregar, como se algo dentro dela tivesse se quebrado de vez, revelando a fragilidade de sua alma. O motorista, treinado para não se envolver, permaneceu em silêncio, obedecendo ao protocolo: nunca falar, nunca consolar, nunca se manifestar. Ele mantinha os olhos fixos na estrada, como se a ignorância desse momento pudesse aliviar a pesada carga emocional que pairava no ar.Quando atravessaram a po
“VOCÊ É MINHA PROPRIEDADE” Opal chegou ao edifício Sttorn às 18h em ponto. O sol já se escondia entre os prédios altos, e o reflexo dourado obrigava-a a apertar os olhos enquanto caminhava até a porta giratória. As mãos tremiam. O coração batia no ritmo apressado de alguém que não sabia o que a esperava. A secretária, Lorraine, sorriu de forma profissional e discreta. — Senhorita Opal Dornel? Pode entrar, o senhor Sttorn à está esperando. Opal engoliu seco, agradeceu e caminhou até a porta de vidro fosco. Bateu duas vezes, delicada. — Entre. — a voz grave soou lá dentro. Ela empurrou a porta. Atticos Sttorn estava sentado à mesa de mármore preto, enorme, a sala inteira iluminada apenas pelo brilho das janelas. — Ele não sorriu. Não fez menção de ser gentil. Apenas observou — com aqueles olhos que pareciam enxergar mais do que ele
A Manhã Seguinte O despertador tocou às seis da manhã, e Opal sentiu um aperto no coração. — Do outro lado da cama — o canto onde seu pai costumava deixar as roupas — estava vazio, o silêncio pairava em casa, e não havia nenhum sinal dele. — Sua garganta se construiu em um nó à medida que ela se levantou rapidamente e foi até a sala, onde o silêncio persistia. — A garrafa de água permanecia em seu lugar, e a xícara dele estava intacta. — A porta da rua estava fechada, o pai não havia voltado. — Papai… — murmurou para si mesma, onde você esteve a noite toda? Seguindo o ritual que tentava manter desde a morte da mãe, Opal começou a arrumar a mesa do café. — Preparou café fresco, retirou biscoitos da lata e colocou um prato e um copo de suco — um esforço constante, mesmo quando ele não merecia. — Cada movimento era carregado de nostalgia e esperança, como se, ao preparar aquele café da manhã, ela pudesse trazer seu pai de volta ao que e
Atticus encerrava a redação de um documento, enquanto Mattia, dominado pelo desespero, entregava sua filha. —Sem retornar para casa naquela noite, Opal dormia tranquilamente, convencida de que seu pai havia ido beber novamente.— No entanto, enquanto ela sonhava, Mattia se encontrava de joelhos nos corredores do cassino, esfregando o chão como um homem sem alternativas. No escritório, Atticus Sttorn, determinava o futuro dos dois.Após concluir a análise de um relatório investigativo sobre Mattia, Atticus ficou estarrecido ao ler uma passagem que dizia: “Opal Dornel trabalha desde os 14 anos… o pai gastou todo o dinheiro da faculdade… mãe falecida em decorrência de depressão.” Com um movimento brusco, fechou a pasta, o som ecoando como um tiro. Murmurou para si mesmo: “Filho da puta...” Em seguida, convocou o chefe de segurança. “Traga Stewart aqui. Agora.”Minutos depois, um homem apareceu, suando, com o uniforme de faxina ainda úmido. “S-senhor Sttorn...” A chamada não gerou
A noite tinha engolido a cidade quando Mattia pediu o Uber. — As mãos tremiam tanto que ele mal conseguiu digitar o endereço no aplicativo, sua mente se debatendo entre a euforia e a negação. —A verdade? Ele estava bêbado demais para dirigir… e sóbrio demais para não sentir medo. — O carro chegou rápido, como se a noite estivesse tão apressada quanto ele para se livrar de suas preocupações. — O motorista, um homem de meia-idade com uma expressão que falava mais de cansaço do que de preocupação, olhou para Mattia pelo retrovisor, percebendo o forte cheiro de álcool que exalava dele. — Com uma voz baixa, mas cuidadosa, perguntou:— Tudo bem aí, senhor?— Tudo… ótimo — respondeu Mattia, nervoso, como se suas palavras poderiam convencer alguém disso. — Mentira, ele mesmo não havia se convencido, e nem tentou sustentar essa farsa. —O trajeto até o cassino foi marcado por um silêncio denso, pesado como chumbo, onde cada batida do vento parecia sussurrar dúvidas na mente de Mattia.
Ao inserir a chave na porta, sua mão trêmula a fez hesitar, e ela respirou fundo, tentando reunir forças, como se atravessar aquele limiar fosse uma tarefa monumental. — O silêncio, que a recebia, não era o doce sussurro da paz que desejava; era um silêncio pesado, opressor, que pairava nas paredes de uma casa que havia esquecido o que era amor. — A porta rangeu ao ser empurrada, revelando a visão de Mattia sentado à mesa, as mãos entrelaçadas numa tentativa vã de parecer apresentável. —Ele era um espectro de si mesmo, sua luta contra demônios refletida em seus olhos vermelhos e no aroma inconfundível do álcool que o envolvia como uma névoa maligna. Quando finalmente ergueu o olhar para ela, Opal percebeu que, por trás de seu esforço para se mostrar sóbrio, havia uma vulnerabilidade profunda. — Opal… — disse ele, uma fraqueza na voz que contrastava com a autoridade que um pai deveria ter. — Como foi lá? Suas palavras ecoaram no ar, mas Opal de
Último capítulo