Códigos Queimam. Carne Permanece
O som dos alarmes não era mais um ruído técnico. Era um grito do próprio sistema. Um grito inútil.
Primus ergueu o corpo nu, colossal, coberto de luz biológica que pulsava em linhas douradas por toda sua anatomia. O membro ainda latejava, gotejando uma substância que parecia líquida e viva, escorrendo pelas coxas de JK-20, que arfava, entregue, ajoelhada diante dele.
Mas ele já não olhava para ela.
O olhar de Primus virou-se lentamente para as fileiras de cápsulas. Uma, duas... centenas. Milhares.
Dentro delas, os erros. As aberrações. As tentativas falhas de replicar sua grandeza. Corpos retorcidos, bocas sem rosto, ossaturas expostas, carne que nunca deveria ter existido.
As criaturas se debatiam nas câmaras, algumas já forçando as tampas, prestes a sair. Tentáculos deformes, membros extras, crânios partidos — pedaços de humanidade e tecnologia unidos pela miséria da falha.
JK-20, que um dia teria sentido repulsa... não. Não agora.
Ela estava hipnotizada. Fascinada. O cheiro dele, o