Mundo ficciónIniciar sesiónElara Martins sempre acreditou que sua vida profissional seria sua prioridade. Competente, determinada e inteligente, ela jamais imaginou que um único encontro poderia abalar todas as suas certezas. Kael Draven, CEO enigmático e poderoso, é conhecido por seu controle absoluto — nos negócios e na vida pessoal. Ninguém consegue chegar perto do homem que domina cada ambiente com olhar frio e postura implacável… até Elara. Entre desafios corporativos, encontros inesperados e uma química impossível de ignorar, os dois descobrem que o jogo de poder pode ser muito mais intenso quando sentimentos entram em cena. Cada toque, cada olhar, cada beijo é um passo perigoso em direção a uma paixão que desafia limites. Mas nem tudo é simples: ciúmes, segredos do passado e o medo de se perder tornam cada momento juntos ainda mais ardente e imprevisível. E quando Kael finalmente deixa transparecer sua vulnerabilidade, Elara percebe que, por trás do homem firme e controlado, existe alguém capaz de amar intensamente — e somente ela poderá desvendar esse lado oculto. “Apaixdonada Por Dois" é uma história de atração, desejo e conexão emocional que vai prender o leitor do início ao fim, em um romance intenso e inesquecível.
Leer másO sol ainda não despontava totalmente sobre a pequena cidade, e as ruas estreitas de paralelepipedos pareciam mergulhadas em um silêncio quase sagrado. Elara caminhava apressada, segurando uma pasta desgastada contra o peito. Cada passo sobre as pedras lembrava-lhe que a cidade era pequena demais para comportar seus sonhos enormes.
— Preciso chegar lá antes das nove (Elara) O vento soprava trazendo o cheiro da feira matinal. Frutas, pão fresco e café recém-passado misturavam-se ao aroma da terra molhada. Ela desviou de um grupo de crianças que corriam rindo e quase esbarrou em um homem alto, trajando um terno impecável, olhos escuros como a noite e expressão controlada, mas intensa. — Cuidado (Elara) Ele ergueu apenas um olhar rápido, medindo-a de cima a baixo, e seguiu em frente sem dizer uma palavra. A presença dele deixava o ar pesado, e mesmo sem entender, Elara sentiu algo como uma onda de comando invisível que parecia exigir respeito. — Quem é aquele...? (Elara) Não era apenas a imponência, mas o magnetismo silencioso que fazia as pessoas à sua volta parecerem irrelevantes. Ela sacudiu a cabeça, tentando se concentrar em seu objetivo. Precisava da entrevista de emprego, precisava provar que poderia conquistar algo maior que aquela cidade pequena e sufocante. Chegando à empresa Draven Corp, seu coração disparou. O prédio de vidro e aço refletia o céu de forma intimidante. A entrada principal, enorme, guardava o segredo de quem realmente comandava tudo ali. — Bom dia, posso ajudar? (Recepcionista) — Preciso falar com o senhor Kael Draven (Elara) O recepcionista ergueu uma sobrancelha, examinando-a de cima a baixo, provavelmente achando que ela não era o tipo de candidata que Kael contratava. — Tem entrevista marcada? (Recepcionista) — Tenho sim, às nove. Sou Elara Martins (Elara) Após alguns minutos de espera, ela foi conduzida à sala de entrevistas. A porta se abriu, revelando Kael Draven sentado atrás de uma mesa enorme. Ele não precisou dizer nada. A postura, o olhar penetrante e o ar de poder absoluto transmitiam tudo o que precisava ser dito. — Bom dia (Kael) — Sente-se (Kael) O silêncio se instalou enquanto ele folheava rapidamente o currículo dela. Elara sentiu cada segundo esticar-se como um fio invisível entre eles. — Vejo que você veio de uma cidade pequena. Por quê a Draven Corp? (Kael) — Porque... quero crescer. Aprender com os melhores. Acredito que posso contribuir de forma significativa (Elara) Kael ergueu o olhar, e por um instante o tempo pareceu parar. A determinação dela era clara, mas algo nele se mantinha inabalável, quase desafiador. — Interessante. Mas sua experiência é limitada. Como pretende lidar com desafios maiores do que já enfrentou? (Kael) Antes que ela pudesse responder, um pequeno acidente aconteceu. Uma caneta rolou da mesa, derrubando papéis e causando um barulho que fez o coração dela disparar. Kael apenas observou, sem mover um músculo, mas seus olhos dourados não perderam nenhum detalhe da reação dela. — Parece que precisamos trabalhar seu controle sob pressão (Kael) — Sim... claro (Elara) O tom dele não era ríspido, mas a autoridade natural dele parecia pesar sobre cada palavra, cada gesto. Elara percebeu que aquela entrevista não seria apenas sobre sua competência, mas sobre sua capacidade de resistir à pressão e impressionar alguém que dominava tudo ao seu redor. Após a entrevista, Kael se levantou abruptamente, sinalizando o fim da conversa. Ela quase esperava um comentário sobre a confusão dos papéis, mas nada veio. Apenas o olhar frio e calculista dele que parecia avaliar cada detalhe da postura dela. — Você será contatada em breve (Kael) Elara assentiu, tentando esconder a frustração e o nervosismo. Ao sair, esbarrou novamente nele, desta vez no saguão da empresa. — Senhor... Draven? (Elara) Kael apenas lançou um olhar rápido e seguiu em frente, sem dizer uma palavra. Ela sentiuum calor subir ao rosto, não de vergonha, mas da estranha intensidade que emanava dele, algo que ela não conseguia entender nem controlar. — Quem é esse homem? (Elara) Determinada a conseguir a vaga, Elara não desistiria. Procurou todas as oportunidades dentro da empresa, estudou a fundo cada área que pudesse se encaixar e, finalmente, conseguiu uma segunda chance. Mas sabia que, para impressionar Kael Draven, precisaria não apenas de talento, mas de coragem, inteligência e... algo mais que ela ainda não compreendia totalmente. Enquanto isso, Kael retornava ao seu escritório no último andar do prédio, onde seu secretário pessoal, Arthur, já o aguardava. O homem de cabelos castanhos curtos, sorriso fácil e jeito brincalhão, parecia o único capaz de provocar uma reação genuína em Kael fora do ambiente profissional. — Bom dia, patrão. Tentou assustar alguém hoje? (Arthur) — Não me provoque, Arthur (Kael) — Ah, vamos, até você está sorrindo por dentro (Arthur) Kael revirou os olhos, mas não pôde evitar um leve sorriso. A relação entre eles era quase como a de irmãos: competitiva, provocativa, mas carregada de confiança e lealdade. Enquanto isso, Elara voltava para casa, determinada. A pequena cidade já parecia mais apertada que antes, mas algo em seu coração dizia que aquele encontro não havia sido casual. Kael Draven não era apenas poderoso; ele era um Alfa, alguém acostumado a ter controle absoluto. E ela, simples do interior, teria que provar que podia lidar com alguém que dominava tudo e todos ao seu redor. — Não sei por que ele me observa tanto... ou se me observa... mas não vou desistir (Elara) Ela não tinha ideia de que aquele primeiro encontro, rápido e silencioso, seria apenas o início de uma ligação intensa, repleta de desafios, tensão e descobertas. E, sem perceber, seu destino acabava de se cruzar com o do homem que controlava não apenas empresas, mas também corações e vontades. A noite caiu sobre a cidade, e Kael, sozinho em seu escritório, olhava para a cidade iluminada. Cada decisão, cada movimento, cada pessoa sob seu comando era cuidadosamente calculada. Mas aquela mulher... aquela mulher simples e determinada, que havia cruzado seu caminho pela primeira vez de forma tão inesperada, não saía de seus pensamentos. — Arthur... prepare a agenda para amanhã. Quero uma lista completa de possíveis candidatos para as vagas abertas (Kael) — Já está quase pronta. Mas acho que você não está mais interessado em candidatos... (Arthur) — Eu... não estou interessado em distrações (Kael) Mas mesmo enquanto dizia isso, algo em seu instinto de Alfa alertava que Elara não seria apenas mais uma presença passageira. Ela despertava algo nele que ele não podia controlar, e isso o incomodava mais do que qualquer concorrente, qualquer negociação ou crise empresarial. E assim, o destino começava a tecer os fios invisíveis entre o Alfa mais poderoso e a garota simples do interior, marcando o início de uma história que mudaria a vida de ambos para sempre.A decisão tomada na sala menor começou a cobrar seu preço mais rápido do que Elara esperava.A distância, ainda que silenciosa, era perceptível. Não havia mais aproximações espontâneas, conversas prolongadas no corredor ou trocas de olhares que durassem um segundo além do necessário. Tudo era funcional. Medido. Correto demais.E isso doía mais do que qualquer confronto.Durante a manhã, Elara se manteve focada em apresentações, revisões e ajustes estratégicos. Falava com firmeza, respondia perguntas com clareza, antecipava objeções. Por fora, entregava exatamente o que o conselho esperava ver: controle absoluto.Por dentro, sentia-se comprimida entre versões de si mesma que começavam a divergir.Kael apareceu apenas quando estritamente necessário. Nas reuniões, sua postura era impecável — assertivo, direto, quase frio. Nenhuma leitura errada poderia ser feita ali. Nenhuma brecha emocional. Mas Elara percebia os detalhes que ninguém mais n
A noite caiu depressa sobre a cidade, como se quisesse apagar o dia antes que ele deixasse marcas. Elara saiu do prédio depois do horário, o céu escuro refletido nos vidros. O peso do que acontecera não diminuiu com o fim do expediente — apenas mudou de forma.Do lado de fora, o ar estava mais frio. Ela respirou fundo, tentando separar o que era medo do que era lucidez. Não tinha sido uma ameaça direta. Não ainda. Mas o conselho raramente jogava cartas sem intenção.O celular vibrou na mão dela antes mesmo de chegar ao carro.Leon: Consegui falar com o jurídico. Nada formal foi aberto. Por enquanto.Ela fechou os olhos por um segundo antes de responder.Elara: “Por enquanto” é a parte que me preocupa.A resposta dele veio rápida.Leon: Eu sei. Mas isso também nos dá margem de manobra.Ela guardou o celular sem responder de novo. Precisava de silêncio. De espaço para pensar sem a interferência constante das possi
Elara percebeu que algo havia mudado antes mesmo de entrar no prédio da empresa.Não era um acontecimento concreto, nem uma mensagem inesperada — era uma sensação. Como se o ar estivesse mais denso, como se cada passo exigisse atenção redobrada. O tipo de pressentimento que não grita, mas insiste.O saguão estava mais movimentado que o normal. Vozes cruzadas, passos apressados, olhares curiosos demais. Ela passou pela catraca tentando ignorar a impressão incômoda de que, de algum modo, estava sendo observada.No elevador, o espelho devolveu uma versão dela que parecia firme. Postura reta. Expressão neutra. A máscara perfeita de quem sabia exatamente o que estava fazendo.Mas por dentro, tudo era fricção.Quando chegou ao andar, encontrou Leon encostado na mesa de uma das assistentes, conversando em tom baixo. Ele ergueu o olhar assim que a viu — imediato, atento — e algo em sua expressão mudou. Não alívio. Não tensão.Cuidado.— Bom dia — ele disse, aproximando-se. — Dormiu um pouco m
O silêncio que se seguiu às últimas palavras de Elara no café não foi confortável. Não havia mais espaço para frases neutras, nem para desvios educados. Tudo que precisava ser dito já estava exposto sobre a mesa — não em palavras exageradas, mas em verdades que não aceitavam mais adiamento. Elara foi a primeira a baixar o olhar. Não por fraqueza. Mas porque sustentar aqueles dois olhares ao mesmo tempo exigia uma coragem que ela ainda estava reunindo. Kael foi o primeiro a se mexer. Recostou-se na cadeira, cruzando os braços, mas sem a postura defensiva de antes. Havia algo mais contido nele agora. Um tipo de controle aprendido à força. — Então é isso — disse, sem ironia. — A gente segue assim por um tempo. Sabendo que o final… vai chegar. Elara ergueu os olhos devagar. — Eu não sei qual final — respondeu. — Só sei que não posso escolher agora sem me perder no processo.
Elara chegou ao trabalho mais cedo que o habitual, como se mudar a rotina pudesse silenciar a mente. O prédio ainda vazio, os corredores quietos demais, só tornavam os pensamentos mais altos. O silêncio, agora, era um inimigo. Ela deixou a bolsa sobre a mesa, ligou o computador, mas não conseguiu se concentrar. As palavras na tela se misturavam, sem sentido. Kael. Leon. A conversa da noite anterior. O vazio que ficou depois. Respirou fundo e se levantou, indo até a copa para buscar café. Precisava de algo quente, algo concreto, algo que a puxasse de volta para o presente. — Você também não dormiu, né? A voz veio de trás dela. Elara se virou devagar e encontrou Kael encostado na bancada, o terno impecável contrastando com as olheiras discretas e o olhar cansado. Seu estômago se contraiu de imediato — não de surpresa, mas de impacto. — Bom dia pra você também — ela respondeu, tentando manter a neutralidade. Kael sorriu de leve, sem humor. — Leon ainda não chegou? O nome caiu ent
Elara acordou antes do alarme. O som suave da cidade lá fora, o ruído dos carros e o burburinho distante das pessoas, tudo isso parecia um eco em sua mente. Ela sentiu o peso de tudo o que acontecera — e o que ainda estava por vir. O dilema entre Kael e Leon não desaparecia, mas se tornava uma constante. Eles estavam nela de formas tão diferentes, mas igualmente profundas.Ela levantou da cama e foi até a janela. A vista do horizonte, onde o céu começava a tingir-se de laranja, parecia surreal, como se o mundo fosse perfeito por um breve momento. Mas, naquele instante, Elara sabia que a perfeição não existia em sua vida — ao menos não agora.Seu celular vibrou. Ela hesitou antes de olhar. O nome de Kael apareceu na tela.Kael: “Bom dia. Vamos nos encontrar mais tarde? Tenho algo importante para discutirmos.”Ela engoliu em seco. A tensão que ela sentia sempre que lia uma mensagem dele era difícil de ignorar. Ele tinha uma maneira de fazer com que ela quisesse se entregar, mas ao mesmo
Último capítulo