Capítulo 95 O amor ainda é nossa amor força.
(narrado por Lua)
Acordei no meio da madrugada com aquela fome estranha que só a gravidez sabe explicar. Uma mistura de desejo e necessidade, um vazio no estômago que parecia falar mais alto que o sono. O relógio marcava quase três da manhã, e a casa estava mergulhada em um silêncio doce, quebrado apenas pelo som suave da chuva batendo contra a janela do quarto.
Tentei me levantar devagar, apoiando a mão na barriga como se pedisse licença à pequena que dormia dentro de mim.
— Calminha, meu amor... mamãe só vai pegar um pedacinho de bolo de cenoura com cobertura de chocolate— murmurei, sorrindo sozinha.
Mas, quando olhei para o lado, a cama estava fria.
O travesseiro de Eduardo afundado, mas vazio.
O coração me deu um salto.
Por um instante, tentei não me preocupar. Talvez ele tivesse ido à cozinha antes de mim, ou estivesse no escritório, revendo algum documento. Mas a casa parecia... diferente. Um tipo de silêncio que não era paz — era ausência.
Chamei baixinho:
— Edu?
Nenhuma respos