O amanhecer chegou não com a gentileza do sol espreitando por uma fresta, mas com uma luz fria e impessoal inundando o quarto pelas janelas gigantescas. Abri os olhos, sentindo um peso esmagador no peito e um latejar constante entre as minhas pernas.
A memória do que aconteceu na noite anterior me atingiu como um tsunami. O contrato. O beijo. O estúdio. O sexo brutal e avassalador. Peter. Meu corpo reagiu com um tremor.
Eu estava deitada na cama dele. Ou melhor, nossa cama, agora. A seda fria dos lençóis contrastava com o calor residual do meu corpo. Levantei a mão, os dedos roçando o tecido macio da camiseta preta que eu usava. O cheiro dele me envolveu, sândalo e poder, e eu odiei o quanto aquilo me acalmava. Odiou o quanto eu me sentia... segura ali, apesar de tudo.
Um gemido escapou dos meus lábios. Meu corpo doía em lugares que eu nem sabia que podiam doer. Era uma mistura de músculos doloridos e a sensação de ter sido... aberta. Explorada. Reivindicada.
Levantei da cama, minhas