O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor.
Estávamos ali, jogados no chão macio do estúdio, um emaranhado de membros suados e respirações ofegantes. O cheiro era uma mistura primária de sexo, suor e o cheiro asséptico de tela nova. Meu corpo era um mapa de sensações: a dor latejante e deliciosa entre as minhas pernas, a ardência dos arranhões que eu mesma fiz nas costas dele, a sensibilidade da minha pele onde os dedos dele me marcaram. Eu me sentia esvaziada. E perigosamente viva.
Peter foi o primeiro a se mover. Ele saiu de cima de mim com uma fluidez que desmentia a brutalidade de segundos atrás. Levantou-se, nu, e por um momento eu tive a visão completa do predador. O corpo dele não era o de um playboy de academia. Era funcional, poderoso. Músculos definidos sob uma pele bronzeada, com algumas cicatrizes finas que contavam histórias que eu não conhecia. Ele era uma obra de arte perigosa.
Ele me olhou de cima, deitado no chão. Seu olhar percorreu cada centímetro do meu corpo expost