Capitulo 14
Acordei com a luz do sol invadindo o quarto, filtrada pelas cortinas automáticas que alguém — ele — tinha deixado entreabertas.

Minha mão tateou o lençol ao meu lado. Frio. Vazio.

Sentei-me na cama, puxando a seda para cobrir meu corpo nu. Eu me sentia... atropelada. Mas de um jeito bom. Havia uma dorzinha fantasma entre as minhas pernas e meus músculos estavam relaxados, pesados de sono e satisfação.

— Bom dia, mia artista.

Peter estava do outro lado do quarto, perto da porta.

O "homem" de moletom cinza da madrugada tinha desaparecido. Em seu lugar, o Imperador estava de volta, blindado em um terno cinza-chumbo de três peças, a gravata perfeitamente alinhada, o cabelo penteado com precisão militar. Ele estava segurando uma pasta de couro e verificando algo no relógio de pulso.

Ele parecia intocável. Se eu não tivesse as marcas dos dentes dele no meu ombro e a memória da boca dele em mim, eu diria que a noite passada foi um delírio.

— Você já vai? — Minha voz saiu rouca, arranha
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