As palavras dele – "aprender a me obedecer e a gostar disso" – foram um soco no estômago. Minha mão apertou o copo de suco com tanta força que os nós dos meus dedos ficaram brancos. O ar na sala pareceu se esgotar.
Peter se recostou na cadeira, o sorriso predador ainda nos lábios, observando minha reação com o interesse frio de um cientista analisando uma amostra. Ele adorava ver as suas palavras me atingirem.
"Eu acho que terminamos o desjejum", ele disse, colocando o guardanapo de linho ao lado do prato com um gesto final. Ele se levantou. Lentamente. Com uma graça calculada. Cada movimento dele era uma demonstração de poder.
Eu o segui com os olhos, meu corpo tenso. Ele não se afastou da mesa. Em vez disso, ele começou a se mover na minha direção. Cada passo era deliberado, diminuindo a distância entre nós, aumentando a tensão no ar.
Minha respiração ficou presa na garganta. Ele se aproximou da minha cadeira. Parei, com as mãos apertando a borda da mesa.
"Peter", eu disse, a voz sa