O relógio de bolso do falecido Don Moretti marcava 3:07 quando Elena pisou no palco destruído do Teatro Garibaldi – abandonado desde o incêndio de 1999. Suas botas esmagaram vidros de ampolas quebradas, o cheiro de medicamentos antigos misturando-se ao mofo.
— **Mostra-te!** — sua voz ecoou na plateia vazia, as mãos firmes na Beretta e no punhal siciliano.
O projetor enferrujado acendeu sozinho, iluminando o palco com imagens tremeluzentes:
1. **Sua filha** Sofia amarrada a uma cadeira
2. **Teresa** de máscara cirúrgica, segurando uma seringa
3. **Dante** fazendo cócegas no pescoço da criança com uma lâmina
— *"Sabe nadar agora, Elena?"* — a voz gravada de Teresa ecoou nos alto-falantes podres.
Elena atirou no projetor.
**A escuridão voltou.
Luzes estroboscópicas piscaram revelando labirintos de espelhos quebrados. Elena avançou com o punho ensanguentado – cada reflexo distorcido mostrava:
- **Versões alternativas** de si mesma (esposa, mãe, assassina)
- **Vittor