A noite caía sobre a Villa Morreti quando o primeiro trovão ecoou. Alonso observava a tempestade se aproximar da varanda, um cigarro pendurado nos lábios, o gosto do tabaco misturando-se ao sal do mar. Dentro do quarto, Ekatarina despia-se com movimentos lentos, sua silhueta projetada na parede pelo clarão dos relâmpagos.
— *Matteo está em Roma* — comentou ela, soltando os cabelos loiros. — *Os Bartoli estão acabados.*
Alonso virou-se, apagando o cigarro no parapeito de mármore.
— *E você está pensativa.*
Ela sorriu, deslizando os dedos pelo decote do vestido.
— *Estou com calor.*
O primeiro raio iluminou o quarto quando ele cruzou a distância entre eles.
Alonso pegou Ekatarina pela cintura e jogou-a na cama, mas ela rolou para o lado antes que ele pudesse prendê-la.
— *Devagar, italiano* — provocou, ajoelhando-se no centro do colchão.
Ele puxou-a pelos tornozelos, fazendo-a rir quando ela caiu de costas.
— *Você fala demais.*
Ela respondeu com um chute no peito