Moscou recebeu-os com neve e aço. O jato particular dos Morreti pousou em Vnukovo sob escolta militar—cortesia do **novo** comando da Bratva. Ekatarina, agora vestida com o sobretudo de pele de raposa branca que fora de sua mãe, observava a pista através da janela embaçada.
— *Eles vão te desafiar hoje* — Alonso murmurou, afastando um fio de cabelo loiro de seu rosto.
Ela sorriu, mostrando os dentes.
— *Espero que sim.*
Do lado de fora, vinte homens armados até os dentes alinharam-se na neve. No centro, **Mikhail**, o antigo *brigadier* de Konstantin, segurava uma bandeja de prata com dois copos de vodka congelada.
— *Tradição* — ela explicou, descendo os degraus do avião. — *Se eu beber e não morrer, sou digna.*
Alonso segurou seu pulso.
— *É veneno.*
Ela beijou seus dedos antes de se soltar.
— *Claro que é.
O salão da Bratva cheirava a madeira encerada e medo. Mikhail, um gigante com cicatrizes de guerra no rosto, ajoelhou-se exageradamente ao entregar o copo.
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