LARA
A porta mal fecha atrás de nós e já não sei o que é chão.
As costas colam à madeira, o ar abandona os meus pulmões e as mãos dele seguram minha cintura como se o caminho até aqui tivesse sido só um atraso insuportável.
Não há mais silêncio. Não há mais decoro.
Há Dorian.
E suas mãos.
E seu corpo.
E o jeito como ele me vira de costas como se a paciência tivesse ficado no caminho entre a limusine e a porta do quarto.
— Dorian... — começo a dizer, sem fôlego, mas não chego ao fim.
Porque ele me puxa contra o corpo dele com força. E então percebo.
Ele ainda está rígido.
Como se nada — absolutamente nada — do que vivemos no carro tivesse sido o suficiente.
Meu coração dispara.
— Como...? — murmuro, surpresa, tentando olhar por cima do ombro.
— Você me deixou assim desde o momento em que pisou naquela escada — ele diz com a voz rouca, baixa, perigosa. — E agora você vai lidar com as consequências.
Suas mãos deslizam pelo tecido do vestido, subindo com brutalidade medida. E então... ele